Delegado da PF foi quem vazou fotos para a imprensa

(Todo mundo comendo mosca. Esta notícia você só lê aqui, ou na Reuters. Até o momento, nenhuma emissora de TV tocou no assunto. Nenhum portal de notícias brasileiro, nenhum blog. O motivo talvez esteja no último parágrafo.)

Da Reuters, agora há pouco:
O coordenador-geral da campanha da reeleição, Marco Aurélio Garcia, acusou o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno de ter vazado para jornalistas as fotos do dinheiro apreendido com petistas para a compra do chamado dossiê dos sanguessugas.

Segundo Garcia, o delegado entregou as fotos a jornalistas de vários meios de comunicação com o objetivo declarado de prejudicar o PT e o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva. "A história está desmascarada. A conversa do delegado com os jornalistas foi gravada. Nós sabemos que elas mostram que ouve uma tentativa de armação política", disse Garcia a jornalistas no comitê de campanha de São Paulo.

O delegado Bruno foi quem prendeu o ex-policial Gedimar Passos e o petista Valdebran Padilha na madrugada de 15 de setembro em um hotel de São Paulo. O delegado foi afastado do caso logo depois.

Ainda segundo o coordenador-geral, a campanha de Lula teria "indicações ainda não confirmadas de que dois partidos teriam estimulado o vazamento até com apoio material."

Garcia não quis identificar os partidos, dizendo apenas que eram de oposição, mas o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro disse à Reuters mais cedo que o vazamento "é uma articulação tucano-pefelista."

Na versão divulgada por Garcia, ao entregar as fotos de 1,7 milhão de reais em cédulas de reais e dólares, o delegado teria usado um palavrão para se referir ao PT e ao candidato Lula.

O delegado teria, em seguida, dito aos jornalistas que faria um boletim de ocorrência atestando falsamente que o disquete com as fotos havia sido roubado.

Garcia disse que não estava acusando a imprensa de ter participado de um complô com delegado, mas criticou que essas informações não tenham sido divulgadas pelos veículos de comunicação que publicaram o material.

"Nós gostaríamos de saber quais foram as razões que levaram parte da imprensa a não divulgar as circunstâncias completas em que as fotos foram obtidas", disse.

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