Desempenho de alunos cotistas é semelhante ao dos demais universitários

Uma pesquisa realizada pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e pela Comissão de Acompanhamento de Cotistas na UFPR (Universidade Federal do Paraná) revelou que o desempenho dos alunos cotistas é muito semelhante aos dos demais estudantes, e em muitos casos superior. É o que informa reportagem do jornal paranaense Gazeta do Povo.

“Nos quesitos nota e IRA (Índice de Rendimento Acadêmico), o cotista social se sai ainda melhor o que para nós é até uma surpresa tendo em vista que o desempenho dele no vestibular fica um pouco abaixo”, afirma a professora Rosana de Albuquerque Sá Brito, pró-reitora de Graduação.

A pesquisa teve por base os anos de 2005 e 2006 e põe por terra os adversários das cotas que afirmam que elas pioram ainda mais a qualidade do ensino no país.

São os mesmos que comemoram a recente medida da Comissão de Constituição e Justiça do Senado de propor a diminuição da maioridade penal para 16 anos. Querem cadeia para os menores, em vez de medidas sócio-educativas, mesmo sabendo que a cadeia não melhora ninguém, muito pelo contrário.

Cidades como São Carlos, em São Paulo, onde o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é levado a sério e as medidas sócio-educativas são efetivamente aplicadas, reduziram e muito a reincidência. Em São Carlos, apenas 4% dos menores voltam a praticar algum tipo de delito. São 4 em 100. Na cadeia, o índice é de 70, 80 e em alguns lugares 90 em 100 os reincidentes.

As cotas sociais e raciais e as medidas sócio-educativas são conquistas na luta por uma sociedade mais justa e fraterna.

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