Aperta o cerco a Chávez: Exxon consegue o bloqueio de US$ 12 bi da Pdvsa

Embora o presidente da estatal venezuelana, Rafael Ramírez - que também é ministro do Poder Popular para a Energia e Petróleo - diga que foi apenas uma medida cautelar, a representante da Exxon Móbil Margaret Ross garante que o dinheiro da Petróleos da Venezuela (Pdvsa ) está bloqueado:

Obtivemos da Suprema Corte em Londres uma ordem de congelamento contra a Pdvsa, que proíbe a estatal de dispor de seus ativos até US$ 12 bilhões.

Segundo Ross, o mesmo já fizeram Holanda, Antilhas holandesas e os Estados Unidos.

A medida da Exxon visa garantir o pagamento a que ela julga ter direito como indenização por haver saído da Venezuela, após a nacionalização promovida por Hugo Chávez no ano passado.

A medida não deve durar muito, pois a indenização que a Exxon pretende é de apenas (se é que se pode usar a palavra aqui) US$ 300 milhões – quase nada perto dos US$ 12 bi congelados (brrrrrrr!).

O problema para Chávez é que ela aponta para uma nova estratégia americana, segundo o sociólogo americano James Petras:

A ação da Exxon Mobil será seguida por outras similares que serão introduzidas pelas demais multinacionais que se encontram explorando petróleo na Venezuela, pois tudo faz parte de um plano que tem como objetivo final “renegociar todo o projeto de nacionalização do petróleo”.

A estratégia americana contra Hugo Chávez fica cada vez mais clara e pesada. Acusá-lo de ligação com o narcotráfico e de apoiar os guerrilheiros das Farc. Gerar descontentamento interno, através de sucessivas crises de abastecimento de alimentos básicos e, a partir do exterior, estrangular a economia, com medidas como esse bloqueio ao dinheiro da Pdvsa.

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