Segundo reportagem de Márcio de Morais, no Telecom Online, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) andou se desentendendo com o tucano paulista Júlio Semeghini. Miro suspeita que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCT) da Câmara tenha sido usada em apoio às negociações para a fusão da Brasil Telecom com a Oi.
Teixeira disse estar surpreso com a movimentação em favor do negócio, que já provocou a significativa valorização das ações das prestadoras envolvidas na Bolsa de Valores. (...)
O deputado carioca não descarta a hipótese de ir ao MP. Miro defende maior transparência no andamento do negócio. O fato é que o ministro Hélio Costa não esconde seu esforço em dar celeridade à operação. A pressa foi repassada à Anatel, por ser a instância legal que precisa emitir um comando favorável à revisão das regras e, assim, dar suporte à conclusão do negócio.
A atitude da Anatel no atual episódio surpreende, no entanto, os que viram o órgão regulador desconhecer, cerca de cinco atrás, a proposta que foi articulada para aquisição da Embratel até em tribunais de Nova York, pelo grupo Calais. O Calais foi criado pelas três concessionárias locais BrT, Telemar e Telefônica, no pressuposto de que juntas conseguiriam convencer a agência a aprovar a aquisição da concessionária de longa distância. Mas, da mesma forma que agora, o PGO era o obstáculo aos sonhos da Calais, como agora o é para os grupos La Fonte e Andrade Gutierrez, que coordenam, como parte do bloco de controle da Oi, a proposta pela BrT. [leia a íntegra aqui]
Como se vê, esse negócio de muitos e muitos e muitos milhões de reais e interesses e interesses reais, que pode significar uma virada geral no controle das teles no Brasil, continua a ocorrer por debaixo dos panos, com intrigas, desavenças, acusações e até a demissão do jornalista Paulo Henrique Amorim pelo IG.
Como já informei em O IG, a fusão BrT-Oi e uma proposta para a blogosfera independente, este blog procurará dar a maior cobertura possível ao caso.
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