Fantástico faz uma quase-excelente reportagem sobre trabalho escravo


Foi ontem, e eu, que faço crítica da mídia, me surpreendi positivamente com a reportagem de Tiago Eltz no Fantástico. Eltz mostrou a dura realidade de crianças (e suas famílias), que trabalham em fazendas produtoras de fumo no Paraná, fornecedoras das poderosas multinacionais. Entre as crianças, uma de apenas cinco anos, que tem que ajudar a família, endividada por gerações com os fazendeiros.

Clique aí em cima para ver a reportagem, que é, como disse, quase-excelente. Quase, porque não chama o crime cometido pelo nome – ou seja, trabalho em condições análogas a de escravo – e se limita a entrevistar o presidente do Sindfumo, Iro Schunke.

Quase, porque não procuraram os patrões dos menores e dos trabalhadores para entrevistá-los.

Quase, porque não deram nome aos bois, denunciando as indústrias que se beneficiam do trabalho infantil e escravo.

A lamentar também que o Jornalismo de Ali Kamel não tenha repercutido no Jornal Nacional a reportagem – mas aí já seria pedir demais, não? Como sobraria espaço para falar sobre o lixo em Nápoles – uma das matérias exibidas hoje?

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