‘Mesmo Que Ela Fosse Criminosa... (Eût-elle été criminelle...)’: Últimos dias para assistir

Recebi um e-mail do diretor do filme “Mesmo Que Ela Fosse Criminosa... (Eût-elle été criminelle...)”, Jean-Gabriel Périot, solicitando que eu retirasse do Youtube a cópia que subi do documentário. Ele afirma que não faz o pedido por ele, mas devido a problemas com o direito autoral de um músico. Portanto, vou retirar o vídeo, até o final do mês. É o tempo que você tem para vê-lo e, de preferência, baixá-lo para seu computador (veja como fazer isso nos links abaixo desta postagem).

ATUALIZAÇÃO: (janeiro de 2009) Tentei contato com o diretor e não consegui. Portanto, o vídeo continua.

Eu o coloquei aqui em fevereiro deste ano, e repito a postagem original para quem ainda não viu.

Vídeo imperdível: Mesmo Que Ela Fosse Criminosa... (Eût-elle été criminelle...)


Não deixe de ver este documentário de curta-metragem do diretor francês Jean-Gabriel Périot, que recebeu vários prêmios internacionais. Participou também do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, em 2006, e da Mostra Internacional Minas, onde recebeu os prêmios de Melhor Diretor Internacional – Prêmio do Júri Oficial, para Jean-Gabriel Périot, Melhor Montagem Internacional – Prêmio do Júri Oficial e Melhor Som Internacional – Prêmio do Júri Oficial.

Em aproximadamente nove minutos, o filme mostra como estava a França, logo após a retirada dos nazistas, em 1944, quando o país readquiriu sua soberania.

Num trabalho de montagem incrível, Périot consegue narrar desde a ocupação até a retirada das tropas alemãs (com o ditador do bigodinho à côté) em pouco mais de dois minutos.

Em seguida, vem a alegria da libertação. Mas o filme mostra também – e esta é sua parte principal, destacada desde o título – o comportamento covarde e irracional de parte da população, que agride e humilha um grupo de mulheres, acusadas de terem se relacionado com os nazistas durante a ocupação. Como se boa parte da França não houvesse cooperado com os nazistas.

Como diz o título, ainda que fossem criminosas, o tratamento que lhes foi dispensado (repare num covarde que esbofeteia uma das mulheres, pouco depois do quarto minuto) mostra que os nazistas saíram, mas o nazismo ficou.

Descobri o filme por acaso, estava (e está) no Youtube, postado por alguém que não gosta de compartilhar e que por isso proibiu o embed. Foi ótimo. Trabalhei como uma e-mula (se é que me entendem), consegui o vídeo em .mov, passei-o para .divx e a qualidade está infinitamente melhor que a do egoísta (ainda se o muquirana fosse o autor do filme...).

É um monumento à estupidez humana, à mesquinharia, à pequenez, à covardia. Repare nos rostos das mulheres agredidas e humilhadas e nas expressões alegres e dissimuladas dos que deveriam apenas estar comemorando a vida, o fim do bode da ocupação nazista.

Confira, compartilhe-o com amigos e nos diga o que achou.

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