Com Bush ou com Obama EUA ganham sempre

Etiqueta de míssil americano usado por Israel em Gaza

A imagem aqui ao lado é da etiqueta de um míssil americano utilizado pelo exército israelense contra a população de Gaza, no recente massacre. Segundo a Anistia Internacional, esse míssil foi responsável pela morte de três paramédicos e uma criança, em janeiro.

As vendas desse míssil e de outros iguais, e mais tanques, outros tipos de armas etc. engordaram o cofrinho americano. Ao custo de 1500 vidas palestinas. E os EUA faturaram até mesmo com a venda de armas ilegais:

“As forças israelenses empregaram fósforo branco e outras armas fornecidas pelos EUA para cometer graves violações dos direitos humanos, inclusive crimes de guerra”, afirma Donatella Rovera, que encabeçou uma delegação da Anistia Internacional que viajou ao sul de Israel e a Gaza.

Agora, a imprensa mundial elogia o governo Obama pela doação de 900 milhões de dólares à Autoridade Palestina, entre outras coisas para ajudar na reconstrução de Gaza. Só para uma pequena comparação: Sabe quanto está comprometido com ajuda militar a Israel até 2017? US$ 30 bi.

Fornecem bilhões em armas, aquecem a indústria bélica americana, Israel destrói novamente mais adiante a Gaza reconstruída, e o cofrinho americano vai enchendo.

Só na invasão do Iraque foram gastos algo entre US$ 1 e US$ 3 tri (isso mesmo, trilhões). Agora eles lucram com a reconstrução do que destruíram. Empresas americanas controlam tudo.

Como acontece com o tal Plano Colômbia, que especialistas reconhecem como um fracasso. Teoricamente idealizado para terminar com a produção de cocaína naquele país, o plano teve resultado oposto: a exportação de cocaína para os EUA aumentou. São US$ 8 bi enterrados ali. Fracasso? Que nada. Todo o dinheiro é usado com material bélico produzido pelos EUA, incluindo helicópteros e aviões para fumigamento com pesticidas (também americanos) nas plantações de coca. A Colômbia entra apenas com os mortos.

Prova de que, aos olhos americanos o Plano Colômbia é um sucesso é que ele vai ser aplicado agora, sob Obama, no Afeganistão. E sabe o que usarão? Armas, aviões, pesticidas, tudo americano. Mas os soldados, esses serão colombianos...

“Conversamos sobre o compromisso da Colômbia de enviar tropas ao Afeganistão, o que consideramos que é muito positivo e necessário para esse país que muito se beneficiará da experiência dos colombianos”, declarou o chefe do Estado Maior dos Estados Unidos, almirante Michael Mullen, sobre seu encontro com o ministro da Justiça da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Com Bush ou com Obama, na vitória ou na derrota, os Estados Unidos ganham sempre.

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