Jabor, Serra e Rio: tudo a ver?

Suprema felicidade

Está praticamente fechado o grupo de atores do filme “A Suprema Felicidade”, que marca a volta de Jabor à direção cinematográfica.
Mas o cronista ainda sonha em incluir no elenco o governador José Serra, que fez teatro quando estudou na Escola Politécnica, em São Paulo.
O filme, que começa a ser rodado em maio, é, diz Jabor, uma espécie de “Amarcord” (clássico do cinema italiano, de Federico Fellini) brasileiro.
A história se passa nos anos 1950, no Rio, época em que parecia que tudo ia dar certo. [Da Coluna do Ancelmo de O Globo, ontem.]

Mas, Rio de Janeiro, anos 50, felicidade, o que isso tem a ver com José Serra? – pergunta o leitor cético. Eu explico:

Sabe aquela batida de violão de João Gilberto, que revolucionou a MPB? Foi dica de Serra, que também estudou violão na Politécnica. Foi Serra quem trouxe o surf para o Rio, lá na ponta do Arpoador, nos anos 50. Ele fabricou sua própria prancha – o que também aprendeu lá na Politécnica. Sabe a frase “toda unanimidade é burra”, falsamente atribuída a Nelson Rodrigues? Na verdade, a frase é de Serra, que a usou para explicar por que era tão desenturmado. Tem mais uma, essa já no início dos anos 60. Tom e Vinícius estavam enchendo a cara no Veloso, falando pelos cotovelos, quando Serra os alertou: - Pss! Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça... O resto é história.

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