30 anos da bomba do Riocentro. Se a ditadura era contra, por que sobrevivente foi promovido e hoje é coronel?


Neste domingo, 1º de maio, completa 30 anos o atentado frustrado que iria colocar em pânico milhares de pessoas que assistiam a um show de música popular em homenagem ao Dia do Trabalhador.

A ideia era: 1. Pichar as placas de propaganda do Riocentro com a sigla VPR (de Vanguarda Popular Revolucionária), organização guerrilheira àquela época já extinta. 2. Explodir a casa de força para deixar sem luz o evento. 3. Explodir (uma? três?) bombas estrategicamente espalhadas pelos portões do Riocentro.

Das três ações a única que alcançou seu objetivo foi a primeira. A explosão não conseguiu apagar as luzes do Riocentro nem as bombas foram detonadas, porque uma delas explodiu no colo do sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário, que morreu na hora. Ele estava acompanhado do capitão Wilson Luís Chaves Machado - hoje coronel e professor do Colégio Militar de Brasília.

Daí veio o título da postagem. Se a ditadura não apoiou, não simpatizou, não fechou os olhos, não permitiu, não desejava o atentado, por que o capitão não foi expulso? Por que hoje é é coronel e instrutor de jovens em Brasília?

O deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ), que na época do atentado era oficial da PM do Rio, fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa do RJ esta semana acrescentando novas informações ao caso.

"O episódio do Riocentro teve a participação de escalões dirigentes no seio do exército brasileiro" - Deputado Paulo Ramos



[A dica do vídeo veio do Blog Os Amigos do Presidente Lula, que também é um dos pioneiros da blogosfera política. Lá você encontra a transcrição do discurso do deputado]

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