Privatização ou concessão? Chamada na primeira página de O Globo deixa cair a máscara

A mídia corporativa (a serviço dos tucanos) continua tentando vender gato por lebre ou lebre por gato (depende se você pretende caçar ratos ou almoçar à provençal), no caso das concessões dos aeroportos pelo governo Dilma. Título e chamada da primeira página de O Globo de ontem são um exemplo claro da mistificação. Repare:


O título fala em "privatização" (que é a palavra que querem colar no governo Dilma para assemelhá-lo ao tucano), mas o subtítulo o corrige: "concessão".

Pior é que tem muita gente que critica a mídia corporativa, mas compra informação passada por ela sem a peneira da crítica.

No caso dos aeroportos, não houve venda de nenhum deles para a iniciativa privada. O que houve foi a concessão por período de tempo, que varia de aeroporto para aeroporto. Ao final do período, se quiser, tudo volta à mão do estado.

É possível fazer isso com a Vale, por exemplo, ou com os bancos estaduais saneados e privatizados?

Em seu discurso de posse a presidenta disse ao que veio: erradicar a miséria, aprofundando a mensagem do presidente Lula em 2003, quando tomou posse em seu primeiro mandato, e disse que estaria realizado se, ao final de seu governo, cada brasileiro conseguisse fazer três refeições por dia.

O objetivo da mídia corporativa ao embaralhar conceitos e vender como privatização igual à tucana a concessão dos aeroportos tem objetivos bem detalhados pelo ex-ministro José Dirceu em seu blog.

Querem melar a CPI da Privataria, para investigar denúncias do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro.

Por falar no livro, cadê os processos que PSDB demandaria contra o autor?

Por que José Serra e seus parentes (filha, genro...) também não processaram o autor?