I-Phone 5 e Apple vão bem. Mas funcionários da Foxconn, que os produzem, ameaçam se jogar do alto da fábrica

Nesta semana o pau quebrou na fábrica da Foxconn em Taiwan. Foram de dois a quatro mil (depende da fonte) funcionários envolvidos numa verdadeira guerra que deixou dezenas de feridos. A batalha aconteceu num dos dormitórios da fábrica, que funciona 24 horas por dia, os sete dias da semana para produzir por uma mixaria aquele celular pelo qual você paga uma fortuna, endossando as práticas da Apple, que vêm sendo denunciadas há anos.

Aqui mesmo no blog já publiquei:

Há também esta outra, que reproduzo a seguir:

O lado podre da maçã: Repórter consegue imagens do interior de fábrica de produtos da Apple, Foxconn



Um repórter da rede estadunidense ABC conseguiu entrar numa unidade da Foxconn, maior produtora de iPhones e iPads do mundo.

Reportagem da inglesa BBC (onde conseguimos o vídeo abaixo) afirma que o repórter teve acesso à fábrica dias após a Apple ter anunciado que um grupo de investigadores independentes iria inspecionar as fábricas que produzem 90% de seus produtos.

As condições são semelhantes àquelas em que vivem cobaias em caixas de Skinner. No entanto, Tim Cook - o sucessor de Steve Jobs - enviou e-mail a todos os seus empregados, onde defende os valores da empresa e afirma a preocupação da Apple com cada um dos empregados da cadeia de produção:

"A nosotros nos definen nuestros valores. Desafortunadamente algunas personas están cuestionando los valores de Apple hoy en día... Nosotros valoramos a cada trabajador en nuestra cadena de suministro global...Cualquier insinuación de que no nos interesa es claramente falsa y ofensiva para nosotros".

Que tal Tim Cook passar uma semana no lugar de um dos trabalhadores da Foxconn para sentir na pele "los valores da Apple"?

O vídeo da BBC na Foxconn: