'REPUBLICANISMO' PÔNCIO PILATOS DO MINISTRO CARDOZZZZO PÔS COMBUSTÍVEL NO CARRO DE ONDE FOI LANÇADA BOMBA NO INSTITUTO LULA

O Brasil está assistindo a um ataque sistemático contra o governo Dilma e especialmente ao PT.

Há uma escalada que começa com a não aceitação do resultado das últimas eleições por Aécio Neves, aquele candidato que foi escolhido pela Veja como o pior senador do último Congresso, que construiu dois aeroportos em terras de parentes e inflou com verbas públicas de propaganda veículos de comunicação de sua família.

A isso seguiu-se a Lava Jato, que embora atinja em cheio praticamente todos os partidos, só visa o PT e suas lideranças.

As ações violentas, amplificadas e incentivadas pela mídia, que começaram no plano institucional, partiram para as agressões verbais e agora para as físicas.

No Rio de Janeiro, um covarde se achou no direito de agredir pelas costas o presidente do PT-RJ e prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

Escrevi aqui sobre essa onda em MARCO ZERO: AGRESSÕES A LIDERANÇAS PETISTAS DEIXAM DE SER VERBAIS E PASSAM A SER FÍSICAS:

Enquanto o sonolento e entediado ministro da Justiça José Eduardo Cardozzzzo defende um republicanismo que entrega a cabeça da presidenta Dilma às Salomés da oposição, a vida real mostra que as agressões ao governo e em especial a líderes petistas marcha do virtual para o real em ritmo acelerado. 

Coincidentemente, no mesmo dia da postagem, à noite, foi lançada uma bomba contra o Instituto Lula.

A reação do ministro da Justiça não poderia ser mais tíbia nem "republicana". Cardozo procurou o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para "ver se cabe à PF fazer alguma coisa" (Os mais antigos vão se lembrar de Chico Anísio: - Não, Pedro Bó!). Por fim, para completar suas platitudes, afirmou:

"Evidentemente, é uma situação que merece investigação. Claro, identificados os autores de uma iniciativa dessa natureza, é necessário puni-los". [Fonte]

Não é fofo?

Já o ministro da Defesa Jacques Wagner foi direto ao ponto:

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu as afirmações da Polícia Civil de São Paulo sobre o ataque à sede do Instituto Lula, que foi atingido por uma bomba caseira na noite da quinta-feira (30). Para Wagner a ação não foi uma mera prática de ‘baderneiros’, como disse a Polícia Civil, e sim de “terrorismo”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“Eu acho que o ataque é grave e acho que foi pobre a afirmação da Polícia Civil de São Paulo pois não se trata de ter sido alguém organizado ou não”, disse o ministro em Salvador. “Está se criando um clima no País em que alguém se acha no direito, seja ele quem for, de chutar as costas do prefeito de Maricá (RJ) ou de botar uma bomba explicitamente no local de trabalho de um ex-presidente”, afirmou. [Fonte]

O cerco ao governo e ao PT está cada vez mais atrevido, enquanto a reação de ambos segue proporcionalmente mais tíbia, personificada nas ações (ou falta delas) do ministro Cardozzzo.


Madame Flaubert, de Antonio Mello