COMANDANTE DO EXÉRCITO FRUSTRA GOLPISTAS: 'NÃO HÁ NENHUM RISCO DE QUE O EXÉRCITO VENHA ATUAR FORA DESTES LIMITES [DA CONSTITUIÇÃO]'




O Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, já havia mandado um recado claro aos golpistas há algum tempo, quando chegou a ridicularizar os pedidos de golpe militar e volta da ditadura.

Agora, não mais com palavras, mas com ação, ele mandou novo recado: destituiu o Comandante Militar do Sul, general quatro estrelas Antonio Hamilton Martins Mourão, que havia animado os golpistas com frases criticando o governo.

Numa entrevista ao Estadão, o general Villas Bôas voltou a defender o papel constitucional do Exército.


"Eu tenho sido bastante enfático, em várias ocasiões, dizendo que o papel do Exército é preservação, manutenção da estabilidade e toda e qualquer atuação do Exército será absolutamente institucional e constitucional. Não há nenhum risco de que o Exército venha atuar fora destes limites".

Provocado pelo Estadão, sobre como reagiria caso novos militares venham a fazer como o ex-comandante do Sul, se a punição seria semelhante, ele deixou claro:

Não há como estabelecer um parâmetro rígido de comportamento porque tudo depende do contexto, do teor, da conjuntura. Mas, de uma maneira geral, sim. Manifestações tanto em um sentido, quanto em outro, não são desejáveis. Institucionalmente quem se manifesta em nome do Exército é o comandante.

E, para desespero dos golpistas, o general Villas Bôas explicita, em resposta ao entrevistador:

Então não há chance de os militares tentarem alguma aventura?


Não há chance disso. O Brasil é um país com instituições sólidas e amadurecidas, que estão cumprindo seus papéis. O Brasil é um país sofisticado, com sistema de pesos e contrapesos, ou seja, não há necessidade de a sociedade ser tutelada. Nosso papel é essencialmente institucional, legal e focado na manutenção da estabilidade para permitir que as instituições cumpram suas funções.




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