Juiz relator do caso que pode levar à demissão de Moro falou assim sobre ele: 'O Brasil precisa de muitos Moros'



João Otávio de Noronha é o nome do ministro que vai relatar os dois casos envolvendo o juiz Sergio Moro, nesta terça-feira, dia 30 de maio, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro chegou à Corregedoria Nacional de Justiça, em agosto de 2016, mas antes disso, em abril, ele comentou a atitude do juiz Moro, num caso semelhante ao processo que vai relatar nesta terça-feira.

Na época, ainda apenas ministro da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o juiz reagiu indignado a uma das afirmações do ex-presidente Lula em seu telefonema grampeado com a então presidenta Dilma. Segundo Lula, o STF estaria acovardado.

O ministro Noronha subiu o tom contra Lula e saiu em defesa de Moro:

O ex-presidente, nas gravações reveladas por sua voz conhecida, dizia que o STJ estava acovardado. Com a devida vênia, nós não estamos acovardados. E nunca estivemos. E não estamos acovardados porque colocamos a mão, o dedo na ferida para investigar todos aqueles que se dispuseram a praticar atos ilícitos e atos criminosos.
(…)
A atitude do juiz [Sergio] Moro, gostem ou não, certa ou errada, revelou a podridão que se esconde atrás do poder. Se alguns caciques do Judiciário se incomodam ou invejam, lamento.
(…)
Moro não é famoso porque está na imprensa, mas porque julgou uma causa que tinha como partes autoridades brasileiras.
(…)
O Brasil precisa de muitos Moros e nós do Judiciário temos que garantir a justiça de primeiro grau. [Temos que ] saudar o juiz Moro pela coragem e honradez. [Fonte: Folha]



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