Globo é concessão pública e deve satisfação ao povo. Cadê entrevista com procurador da Globo que teria dado seu aval para corrupção na FIFA?


Não adianta a Rede Globo fingir que já disse que o tinha a dizer sobre o assunto da acusação de Alejandro Burzaco à Justiça dos Estados Unidos de que a Globo participou do esquema de propinas que corrompeu com milhões de dólares dirigentes da FIFA.

O depoimento de Burzaco foi na terça-feira e ele disse textualmente que o Diretor-Executivo de Esportes da Rede Globo e seu procurador para negociar transmissões esportivas Marcelo Campos Pinto deu aval, em nome da Globo, para corromper dirigentes da FIFA.

A Globo, na própria terça, disse que fez rigorosa investigação interna e nada encontrou.

Mas isso não basta. É preciso que seu ex-empregado por 20 anos, e que negociava em seu nome, com procuração reconhecida em cartório, venha a público desmentir o argentino Burzaco, que citou uma das transações em que estavam presentes, além de Burzaco e Marcelo, o presidente da CBF argentina (AFA), Julio Grandona (acusado nos EUA, mas já morto), Marin (em prisão domiciliar nos EUA) e Marco Polo Del Nero (que não pode por os pés fora do Brasil pois a Interpol está no seu encalço).

Quem não está preso está morto. Falta Marcelo Campos Pinto, que entrou no processo como acusado direto agora.

Marcelo tem se recusado a dar entrevistas, conforme informado, por exemplo, pela Folha.

Por quê? O que ele teme? Ou o que temem que ele diga?

Será que é pela informação do Luis Nassif, publicada no GGN, de que reproduzo trecho a seguir? [destaque em negrito é meu]


Assim que estourou o escândalo [da FIFA nos EUA], em maio de 2015 a Globo tratou de demitir seu principal lobista, Marcelo Campos Pinto, mais três executivos que participaram diretamente dos esquemas de propinas.
Em comunicado oficial, Roberto Irineu Marinho anunciou a aposentadoria de Marcelo. Na época, estudo do BBA Itau indicavam que a Globo obteve um faturamento publicitário de R$ 1,21 bilhão com os patrocínios dos campeonatos.
Todos os executivos receberam uma boa bolada com duas condições: não trabalhar para nenhum concorrente da Globo; e assumir a culpa, caso as investigações sobre a corrupção na CBF chegassem até a Globo.
Três assinaram. Marcelo se recusou.
É ele o elo da corrente que poderá jogar a Globo nas redes de um poder imune às interferências políticas: a Justiça norte-americana. Fonte: GGN]
O povo quer saber: Fala, Marcelo!

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