O mundo da Lava Jato ruiu. Naquele mundo dourado com o ouro negro da Petrobras, Moro era um herói, Dallagnol e os procuradores de deus de Curitiba, seus Cavaleiros. Todos impolutos, honestos, dedicados, lutando contra a corrupção, e os políticos, todos malvados, especialmente os do PT, mais especialmente ainda o presidente Lula. Naquele mundo, Lula era um ladrão milionário, dono de um triplex no Guarujá, de um sítio em Atibaia com um barquinho de lata e dois pedalinhos em forma de cisne, feitos de fibra de vidro. Lula tinha também milhões de dólares no exterior, oriundos da corrupção na Petrobras, Odebrecht e outras empresas. Só que ao final da força-tarefa, com investigações feitas no Brasil e no exterior, com ajuda até do FBI, não se achou um tostão nas contas de Lula que não fosse justificado. Nem em paraísos fiscais, onde a pesca acabou pegando outros políticos, como Aécio; partidos, como a conta chamada tucano; e a família Marinho, da Globo, nos Panamá Papers. Do Lula, nada. O