Yeda Crusius nomeia coronel linha dura para conter ondas de protesto

Depois de desmontar seu secretariado e montar um gabinete de crise para enfrentar a avalanche de lama que cobre seu governo no Rio Grande do Sul, a governadora tucana Yeda Crusius nomeou para o comando da Brigada Militar o coronel Paulo Roberto Mendes, defensor da pena de morte.

O objetivo não anunciado, mas claro para quem conhece o passado do coronel, é tratar os movimentos reivindicatórios da população a pau. Segundo o RS Urgente, essa é a especialidade de Mendes.

Como subcomandante da Brigada Militar, o coronel Mendes notabilizou-se por comandar a repressão a protestos de professores e agricultores sem-terra no Estado. Nos últimos meses, quando houve alguma manifestação de protesto ou ação de movimentos sociais, a governadora acionou o coronel Mendes para a repressão imediata. Nos últimos meses, o coronel comandou ações de repressão violentas da Brigada em uma manifestação de professores no Centro Administrativo do Estado, na ocupação da fazenda da Stora Enso, em Rosário do Sul, na destruição de um acampamento de sem-terra em São Gabriel, entre outras ações. Defensor da pena de morte, o coronel Mendes é autor da frase: “Não tem jeito, tem que ir pro paredão”.

Por conta dessa atitude da governadora, eu me lembrei de um filme que vi há muito tempo, de que não me recordo o nome, em que havia o diálogo de um ativista de esquerda com um comandante de polícia, e este dizia que sempre existiu e sempre existirá polícia, qualquer que seja o governo, e o poderoso que manda prender num dia poderá ser preso no outro.

Não sei por que esse filme me veio à cabeça...

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