PT do Rio em risco de extinção

Outro dia escrevi aqui no blog O PT do Rio a caminho de mais uma derrota consagradora, em que afirmava que a direção do PT não gosta de voto e que perdeu uma incrível oportunidade de governar a cidade, quando Cabral deu de mão beijada a cabeça de chapa a Molon numa dobradinha PT-PMDB.

Em vez de tomar medidas para tornar o anúncio do governador um fato político e não apenas o anúncio de um fato, o PT pôs a Carolina na janela para ver o tempo passar.

Dentro do partido, havia quem desconfiasse da atitude do governador, que era vista apenas como uma tentativa de agradar o presidente Lula – de quem Cabral é verbadependente. Esses então deveriam agir com mais presteza ainda, tratando de costurar alianças e tornar a chapa PT-PMDB tão forte que o governador não pudesse roer a corda adiante. Mas, nada.

Então, o que era inevitável aconteceu: o PMDB botou o caminhão na rua tocando Tim Maia (“Me dê motivo”), rompeu o acordo e a candidatura de Molon ficou sentada à beira do caminho.

Hoje, o jornal O Globo publica um gráfico (reproduzido abaixo) em que mostra como o partido rola ladeira abaixo no Rio, despencando dos mais de 32% dos votos de Benedita da Silva em 1992 para pouco mais de 6% de Bittar em 2004 e sabe-se lá o que virá abaixo disso com Molon este ano.

Para agravar esse triste quadro, vem o presidente regional do PT e afirma (em destaque na imagem) que Molon vai para o segundo turno.

É inacreditável. Mas é por esse absoluto descolamento da realidade da cidade e do estado que o PT míngua no Rio, enquanto cresce no país.

Gráfico mostrando queda do PT no Rio

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