New York Times lança moda que não tem chance de pegar no Brasil

Em sua coluna de domingo, distribuída por vários jornais do país, o jornalista Elio Gaspari comenta que o New York Times lançou uma novidade, ao publicar ao final de um artigo escrito pelo investidor David Einhorn, presidente do Fundo Greenlight Capital, o seguinte comentário:

"Carteiras de investimentos do Greenlight podem ter conexão (a curto ou longo prazo) com papéis discutidos neste artigo".

Já imaginou se a moda pega no Brasil? O Globo teria que colocar, logo após as reportagens de Renata Malkes sobre a solução final que Israel tenta dar ao Hamas em Gaza, algo como “a repórter escreveu durante anos um blog racista, identificado como um warblog, por participar da divulgação de propaganda sionista, e achou divertidíssima uma piada que satirizava um mundo sem árabes”.

Também o jornal O Globo deveria identificar sua colunista de TV Patrícia Kogut. Ela desceu o cacete na nova série da TV Record, A Lei e o Crime, que estreou na semana passada. Acontece que a série bateu a Globo em vários momentos e alcançou pico de 23 pontos no Ibope, o que é considerado um índice excelente para o horário. Como sabemos, existe uma luta pela manipulação de massas entre Globo e Record, logo, o leitor deveria ser informado de que Patrícia Kogut é casada com o diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel.

O mesmo deveria acontecer com a Folha e seus colunistas Eliane Cantanhêde e Clóvis Rossi. Ambos críticos ferinos do governo Lula. Ela – a da febre amarela -, casada com o sócio da empresa que cuida de campanhas tucanas e de demos como Kassab. Ele, casado com a presidente do PSDB Mulher de SP e membro nato do PSDB Mulher estadual.

Você acha que essa moda pega aqui no Brasil? Minha opinião está no título.

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