Jornal Nacional e Secretário de Segurança Beltrame mentem sobre ocupação na Vila Cruzeiro

Ontem o Jornal Nacional abriu espaço para o Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, dizer o seguinte:

Fátima Bernardes: - O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse nesta quinta-feira que a operação na Vila Cruzeiro foi um passo importante para retomar uma área até então dominada por criminosos.

Beltrame: - “Se tirou dessas pessoas o que nunca foi tirado, que é o seu território. Se tirou dessas pessoas o que eles chamavam e consideravam de porto seguro. Faziam as suas barbaridades, e fazem na cidade, e correm covardemente para o seu reduto protegido por armas de guerra. É importante prender as pessoas, é importante recolher drogas, é importante recolher munição, é importante prender essas pessoas. Mas é mais importante tirar o território”, disse o secretário.

É mentira. Veja a foto abaixo, que é um print screen de trecho de uma reportagem do G1 (portal das Organizações Globo) de 21 de abril de 2008 (há dois anos e sete meses). E o secretário era o mesmíssimo Beltrame.



Leia a íntegra da reportagem e confira que o JN de Kamel não pesquisa nem no portal que lhe acolhe.

Bope pendura bandeira na Vila Cruzeiro

Objetivo é comemorar uma semana de ocupação da favela.
Clima foi de aparente tranqüilidade nesta segunda-feira (21), segundo o batalhão.

Para comemorar uma semana de ocupação policial na Vila Cruzeiro, na Penha, subúrbio do Rio, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) pendurou na tarde desta segunda-feira (21) uma bandeira na parte mais alta da favela.

A bandeira, da cor preta e com o símbolo do Bope, foi pendurada no terraço de uma casa da região, segundo informou o próprio batalhão.

A polícia ocupa a região desde a última terça-feira (15). Neste final de semana, o batalhão apreendeu três mil sacolés de cocaína e 480 pedras de crack durante uma operação realizada no domingo (20), e removeu no sábado (19) um muro de concreto no Morro da Chatuba, que era usado como barricada por traficantes da região.

Desde a última terça, a polícia ocupa as favelas da Penha por tempo indeterminado. Na semana passada, ocorreram diversos confrontos entre policiais e supostos traficantes da região. De acordo com a polícia, 14 pessoas morreram e sete ficaram feridas desde o início da ocupação.

Segundo o Bope, não houve troca de tiros nem prisões e apreensões nesta segunda-feira.

Quando o JN não esconde informação do telespectador, como mostrei aqui em O jornalismo ‘independente’ de Ali Kamel, a ‘bomba’ do Faustão que parou Ipanema. E mais: Procter & Gamble, Grendene e Coca-Cola, ou dá a informação errada.

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