Família Bin Laden é sócia da Microsoft e da Boeing e ajudou a família Bush

Os interesses financeiros da família Bin Laden são representados pela Saudi Binladin Group, um conglomerado de construção global e gestão que arrecada 5 bilhões de dólares anualmente, sendo uma das maiores empresas de construção no mundo islâmico, com escritórios em Londres e Genebra. De acordo com um diplomata americano, a família Bin Laden também é proprietária de parte da Microsoft e Boeing.

Michael Moore,em seu altamente crítico filme Fahrenheit 9/11, alega que existiram fortes ligações empresariais entre a família Bush e a família Bin Laden. Moore relata que Salem bin Laden investiu nas empresas dos Bush através de James R. Bath, sua representante comercial exclusiva para os Estados Unidos. Salem bin Laden também teria investido algum dinheiro na Arbusto Energy, uma empresa dirigida por George W. Bush.

Vários membros da família Bush são investidores da Carlyle Group, uma empresa de defesa e de fundo de investimento com inúmeros interesses no Oriente Médio, gerido pela administração Reagan, ex-secretário de Defesa Frank Carlucci.

A mídia notou tambem que o ex-presidente George H. W. Bush participou de uma reunião de investimento no Ritz-Carlton Hotel, em Washington DC, no dia 10 de setembro de 2001, nomeadamente um encontro com Bin Laden Shafiq, representando interesses comuns da Arábia Binladin e aCarlyle Group.

(Bush não participou na manhã de 11 de setembro, embora tenha sido alegado que a reunião ocorreu durante os ataques terroristas de 11 de setembro.O ex-secretário de Estado James Baker esteve presente, juntamente com Carlucci. A Carlyle e Binladin grupos mutuamente cortou suas relações de negócio em 26 de outubro de 2001.[Fonte]

Aqui, você confere as sete perguntas que o cineasta Michael Moore enviou a George W.Bush, sem receber resposta:

CARA, PRA ONDE FOI O MEU PAÍS?

Eu tenho sete perguntas para você, Sr. Bush. Eu as proponho em nome das 3 mil pessoas que morreram naquele dia de setembro e pergunto em nome do povo norte-americano. Nós não queremos vingança contra você. Só queremos saber o que aconteceu e o que pode ser feito para levar os assassinos à justiça, para que possamos prevenir ataques futuros aos nossos cidadãos.

1. É verdade que os Bin Laden mantiveram relações comerciais com você e sua família de quando em quando nos últimos 25 anos?

A maioria dos norte-americanos pode ficar surpresa em descobrir que você e seu pai conhecem os Bin Laden há muito tempo. Qual é, exatamente, a extensão deste relacionamento, Sr. Bush? Vocês são amigos chegados, ou apenas sócios de vez em quando? Salem Bin Laden - irmão de Osama - veio pela primeira vez ao Texas em 1973 e depois comprou algumas terras, construiu uma casa e criou a Bin Laden Aviation no aeroporto de San Antonio.

Os Bin Laden são uma das famílias mais ricas da Arábia Saudita. Sua enorme empreiteira praticamente construiu o país, das estradas às usinas elétricas, dos arranha-céus aos prédios governamentais. Eles construíram algumas das pistas de pouso que os EUA utilizaram na guerra do Golfo de seu pai. Superbilionários, eles logo começaram a investir em outros negócios ao redor do mundo, incluindo os EUA. Eles têm grandes operações comerciais com o Citigroup, General Electric, Merrill Lynch, Goldman Sachs e Fremont Group.

De acordo com a revista New Yorker, a família Bin Laden também é proprietária de parte da Microsoft e da Boeing, gigante em aviação e defesa. Eles doaram US$ 2 milhões à sua alma mater, a Universidade de Harvard, e dezenas de milhares de dólares ao Conselho de Políticas para o Oriente Médio [Middle East Policy Council], think-tank dirigido por um ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, Charles Freeman. Além da propriedade do Texas, eles também possuem imóveis na Flórida e em Massachusetts. Resumindo, eles estão enfiados até o nariz nos EUA.

Infelizmente, como você sabe, Sr. Bush, Salem Bin Laden morreu em um desastre aéreo no Texas em 1988. Os irmãos de Salem - há cerca de 50 deles, incluindo Osama - continuaram dirigindo as companhias e investimentos da família.

Depois de deixar a Casa Branca, seu pai se tornou um bem-pago consultor de uma companhia conhecida como Carlyle Group - uma das maiores empreiteiras militares no país. Um dos cotistas do Carlyle Group - com ao menos US$ 2 milhões - é ninguém menos que a família Bin Laden. Até 1994, você dirigiu uma companhia chamada CaterAir, propriedade do Carlyle Group.

Depois do 11 de Setembro, o Washington Post e o Wall Street Journal publicaram notícias apontando esta conexão. Sua primeira resposta, Sr. Bush, foi ignorá-las. Então seu exército de sábios entrou em ação. Eles disseram que não podíamos enquadrar estes Bin Laden com a mesma lente que usamos para Osama. Afinal, eles deserdaram Osama! Não têm nada a ver com ele! Estes são bons Bin Laden.

Aí apareceu a fita de vídeo. Ela mostrava alguns destes "bons" Bin Laden - incluindo a mãe de Osama, uma irmã e dois irmãos - com Osama, no casamento de seu filho, apenas seis meses e meio antes do 11 de Setembro. Não era segredo para a CIA que Osama Bin Laden tinha acesso à fortuna da família [sua parte é estimada em pelo menos US$ 30 milhões] e que os Bin Laden, assim como outros sauditas, mantinham bem patrocinados Osama e seu grupo, a Al-Qaeda.

Você ganhou um salvo-conduto da mídia, muito embora eles saibam que tudo o que acabo de escrever é verdade. Eles parecem desmotivados ou com medo de fazer uma simples pergunta a você, Sr. Bush: O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

No caso de você não compreender o quão bizarro é o silêncio da mídia em relação às conexões Bush-Bin Laden, deixe-me fazer uma analogia com a maneira como a imprensa ou o Congresso teriam lidado com algo assim, se Clinton estivesse na mesma situação. Se, depois do ataque terrorista ao prédio federal em Oklahoma, fosse revelado que o presidente Bill Clinton e sua família tinham acordos financeiros com a família de Timothy McVeigh, o que você acha que o Partido Republicano e a mídia teriam feito?

Você acha que ao menos algumas perguntas seriam feitas, como, por exemplo, "Que merda é essa?". Seja honesto, você sabe a resposta. Eles teriam feito muito mais do que algumas perguntas. Teriam esfolado Clinton vivo e jogado sua carcaça na Baía de Guantánamo.

2. Como é o "relacionamento especial" entre os Bush e a família real saudita?

Sr. Bush, os Bin Laden não são os únicos sauditas com quem você e sua família têm uma forte relação pessoal. Toda a família real saudita parece em dívida com você - ou seria o contrário?

O fornecedor número um de petróleo para os EUA é a Arábia Saudita, proprietária das maiores reservas conhecidas de petróleo no mundo. Quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait em 1990, foram na verdade os vizinhos sauditas que se sentiram ameaçados e seu pai, George Bush I, que veio em seu socorro. Os sauditas nunca esqueceram disso. Haifa, esposa do príncipe Bandar, embaixador saudita nos EUA, diz que sua mãe e seu pai "são como minha mãe e meu pai. Eu sei que se um dia precisar de qualquer coisa eu posso apelar para eles".

Um bom pedaço da economia norte-americana foi construído sobre dinheiro saudita. Eles têm um US$ 1 trilhão investidos em nosso mercado de ações e outro trilhão em nossos bancos. Se eles decidissem remover este dinheiro de repente, nossas corporações e instituições financeiras entrariam em parafuso, causando uma crise econômica de magnitude jamais vista. Junte-se a isso o fato de que os 1,5 milhões de barris de petróleo saudita de que precisamos diariamente podem sumir por mero capricho real e percebemos que não apenas você, mas todos nós, somos dependentes da Casa de Saud. George, isso é bom para a segurança nacional, a segurança de nossa pátria? É bom para quem? Você? Papai?

Depois de se reunir com o príncipe saudita em abril de 2002, você nos contou entusiasmado que vocês dois haviam "estabelecido um forte laço pessoal" e que vocês "passaram um tempão sozinhos". Você estava tentando nos acalmar? Ou apenas alardeando sua amizade com um grupo de governantes que rivalizam com o Talibã na supressão de Direitos Humanos? Por que a dupla afirmativa?

3. Quem atacou os EUA no 11 de Setembro - um sujeito em diálise numa caverna no Afeganistão, ou sua amiga, a Arábia Saudita?

Desculpe-me, Sr. Bush, mas uma coisa não faz sentido.

Você conseguiu fazer todos nós entoarmos o mantra de que Osama Bin Laden foi o responsável pelo ataque aos Estados Unidos em 11 de Setembro. Até eu estava fazendo isso. Mas então eu comecei a escutar histórias esquisitas sobre os rins de Osama. De repente, não sei em quem ou no quê acreditar. Como pode um cara sentado numa caverna no Afeganistão, conectado a uma máquina de diálise, dirigir e supervisionar as atividades de 19 terroristas por dois anos nos EUA, planejar tão perfeitamente o seqüestro de quatro aviões e ainda por cima garantir que três deles atingissem exatamente os seus alvos? Como ele organizou, comunicou-se, controlou e supervisionou um ataque como este? Com duas latinhas ligadas por um barbante?

As manchetes o anunciaram no primeiro dia e continuam a anunciá-lo da mesma maneira dois anos depois. "Terroristas atacam os Estados Unidos". Terroristas. Estive pensando nesta palavra por algum tempo, então, George, deixe-me lhe fazer uma pergunta: se 15 dos 19 seqüestradores fossem norte-coreanos, em vez de sauditas, e tivessem matado 3 mil pessoas, você acha que a manchete do dia seguinte seria "CORÉIA DO NORTE ATACA OS ESTADOS UNIDOS"? Claro que seria. Ou se tivessem sido 15 iranianos ou 15 líbios ou 15 cubanos, creio que o senso-comum ditaria a manchete "IRÃ [ou LÍBIA, ou CUBA] ATACA A AMÉRICA!" Porém, no caso do 11 de Setembro, você já ouviu algum apresentador, algum dos seus designados jamais proferiu estas palavras: "Arábia Saudita atacou os Estados Unidos" ?

Claro que não. Assim, a pergunta precisa - precisa - ser feita: por que não? Por que, quando o Congresso publicou sua própria investigação a respeito do 11 de Setembro, você, Sr. Bush, censurou 28 páginas relativas ao papel dos sauditas no ataque?

Eu gostaria de lançar uma hipótese aqui: e se o 11 de Setembro não foi um ataque "terrorista", mas um ataque militar contra os Estados Unidos? George, aparentemente você já foi piloto uma vez - o quanto é difícil acertar um prédio de cinco andares a mais de 800 quilômetros por hora? O Pentágono só tem cinco andares. A 800 quilômetros por hora, se os pilotos se desviassem um fiozinho de cabelo, cairiam dentro do rio. Você não ganha toda esta habilidade aprendendo a voar jumbos num vídeo-game em alguma escola de quinta categoria no Arizona. Você aprende isso na Força Aérea. Na Força Aérea de alguém.

A Força Aérea saudita?

E se eles não fossem uns terroristas doidões, mas pilotos militares que se voluntariaram para uma missão suicida? E se fizeram isso sob os auspícios do governo saudita ou de certos membros descontentes da família real saudita? A Casa de Saud, de acordo com o livro de Robert Baer, Sleeping With The Devil, está cheia deles. Então, algumas facções dentro da família real saudita executaram o ataque de 11 de Setembro? Estes pilotos foram treinados pelos sauditas? Por que você está tão ocupado protegendo os sauditas, quando deveria estar nos protegendo?

4. Por que você permitiu que um jato particular saudita voasse pelos EUA nos dias após o 11 de Setembro, recolhesse membros da família Bin Laden e os retirasse do país sem uma investigação decente do FBI?

Jatos particulares, sob supervisão do governo saudita - e com sua aprovação - tiveram permissão para voar pelos céus da América, quando viajar por via aérea estava proibido, recolher 24 membros da família Bin Laden e levá-los a um "ponto de encontro secreto no Texas". Eles então voaram para Washington e daí para Boston. Finalmente, em 18 de setembro, todos eles voaram para Paris, fora do alcance de agentes norte-americanos. Eles nunca passaram por nenhum interrogatório sério. Isto é extremamente bizarro. Seria possível que ao menos um dos 24 Bin Laden hipoteticamente soubesse de alguma coisa?

Enquanto milhares de pessoas estavam ilhadas e não podiam voar, se você pudesse provar que era num parente próximo do maior genocida na história dos EUA, ganhava uma viagem grátis para a louca Paris!

Por que, Sr. Bush, foi permitido que isto acontecesse?

5. Por que você protege os direitos garantidos pela Segunda Emenda a possíveis terroristas?

Sr. Bush, nos dias seguintes ao 11 de Setembro, o FBI começou uma investigação para ver se alguns dos 186 "suspeitos" que os federais prenderam nos primeiros cinco dias depois do ataque haviam comprado armas nos meses anteriores ao 11 de Setembro [dois haviam]. Quando seu procurador-geral, John Aschcroft, ouviu sobre isso, ele imediatamente cancelou a busca. Ele disse ao FBI que as fichas não poderiam ser usadas para uma pesquisa como esta e que estes arquivos só poderiam ser usados na hora da compra de uma arma.

Sr. Bush, você só pode estar brincando! A sua administração é mesmo tão louca por armas e tão comprometida com a Associação Nacional de Armas [National Rifle Association]? Eu realmente adoro a maneira como você arrebanhou centenas de pessoas, catando-as nas ruas sem aviso, atirando-as em prisões, sem contato com advogados ou família e então enviou a maioria para fora do país por meras violações da Lei de Imigração.

Você pode abolir seu direito de proteção contra busca e apreensão ilegal garantido pela Quarta Emenda, o direito a um julgamento aberto e tendo seus pares como júri e o direito de aconselhamento, garantido a eles pela Sexta Emenda, ou o direito à liberdade de expressão, reunião, dissensão e de praticar sua religião garantida pela Primeira Emenda. Você acredita que tem o direito de acabar com todos estes direitos, mas quando chega ao direito de possuir um AK-47, garantido pela Segunda Emenda, - Oh, não! Isso eles podem ter! - e você defende seu direito de tê-lo.

Quem, Sr. Bush, está realmente ajudando os terroristas aqui?

6. Você sabia que, enquanto você era governador, o Talibã viajou para o Texas, para se encontrar com seus amigos das companhias de gás e petróleo?

De acordo com a BBC, o Talibã veio ao Texas enquanto você era governador, para se reunir com a Unocal, a enorme empresa de petróleo e energia, e discutir o projeto da companhia de construir uma tubulação de gás natural que iria do Turcomenistão até o Paquistão, passando pelas áreas controladas pelo Talibã no Afeganistão.

Sr. Bush, o que é isso?

A frase "Houston, temos um problema" aparentemente nunca passou por sua cabeça, mesmo que o Talibã fosse o regime fundamentalista mais repressor do planeta. Que papel exatamente você desempenhou nos encontros da Unocal com o Talibã?

De acordo com vários relatos, representantes de sua administração se encontraram com o Talibã ou levaram mensagens para eles durante o verão de 2001. Que mensagens eram estas, Sr. Bush? Você estava discutindo a oferta deles de entregar Bin Laden? Você os estava ameaçando com o uso da força? Você estava falando com eles sobre um gasoduto?

7. O que significava exatamente a expressão em seu rosto naquela sala de aula da Flórida na manhã do 11 de Setembro, quando seu assessor lhe disse "a América está sob ataque"?

Na manhã de 11 de Setembro, você deu uma corridinha em um campo de golfe e então se dirigiu à escola primária Booker, na Flórida, para ler para as criancinhas. Você chegou à escola depois de o primeiro avião bater na torre norte em Nova York. Você entrou na sala de aula por volta das 9h e o segundo avião atingiu a torre sul às 9h03. Apenas alguns minutos depois, enquanto você estava na frente dos alunos, seu assessor-chefe, Andrew Card, entrou na sala e sussurrou em seu ouvido. Card estava aparentemente contando a você sobre o segundo avião e sobre nós estarmos "sob ataque".

E foi este o exato momento em que seu olhar ficou distante e vidrado, não ainda uma expressão inerte, mas parcialmente paralisada. Nenhuma emoção foi exibida. E então... você apenas ficou lá sentado. Você ficou lá sentado por mais sete minutos ou algo assim sem fazer nada.

George, no que você estava pensando? O que significava aquela expressão?

Você estava pensando que deveria ter levado mais a sério os relatórios enviados pela CIA no mês anterior? Haviam lhe dito que a Al-Qaeda planejava ataques contra os Estados Unidos e que possivelmente seriam utilizados aviões.

Ou você estava cagado de medo?

Ou talvez você estivesse apenas pensando "Eu não queria este cargo! Este trabalho devia ser do Jeb; ele era o escolhido! Por que eu, papai?"

Ou... talvez, apenas talvez, você estivesse pensando nos seus amigos sauditas, lá sentado naquela cadeira na sala de aula - tanto na família real quanto nos Bin Laden. Pessoas que você conhecia muito bem e que poderiam estar pensando em fazer bobagens. Será que surgiriam perguntas? Emergiriam suspeitas? Os democratas teriam a coragem de levantar o passado de sua família com essas pessoas [não, não se preocupe, sem chance!]? A verdade viria à tona algum dia?

E já que estamos aqui...

Cuidado - multimilionários à solta

Eu sempre achei interessante que o assassinato em massa do 11 de Setembro tenha sido cometido por um multimilionário. Nós sempre dizemos que foi obra de um "terrorista", ou um de "fundamentalista islâmico" ou de um "árabe", mas nunca definimos Osama por seu título de direito: multimilionário. Por que nunca lemos uma manchete dizendo "3 mil mortos por multimilionário"? Seria uma manchete correta, não seria?

Osama Bin Laden tem ativos totalizando ao menos US$ 30 milhões; ele é um multimilionário. Então por que não o vemos desta maneira, como um rico pirado que mata pessoas? Por que este não se tornou um critério para a investigação de terroristas em potencial? Em vez de prender árabes suspeitos, por que não dizemos "oh meu Deus, um multimilionário matou 3 mil pessoas! Prendam os multimilionários! Atirem-nos na cadeia! Sem acusações! Sem julgamentos! Deportem os milionários!"

Entregando a chave de Detroit para Saddam

Em Las Vegas, um veículo blindado foi usado para esmagar iogurte francês, pão francês, garrafas de vinho francês, Perrier, vodca Grey Goose, fotos de Chirac, um guia de Paris e, melhor de tudo, fotocópias da bandeira francesa. A França era o país perfeito para implicar. Se você é uma companhia de televisão a cabo, por que gastar tempo de reportagem precioso em investigações sobre se o Iraque realmente tem armas de destruição em massa, se você pode fazer uma matéria a respeito do quanto os franceses são podres?

A Fox News saiu na frente na missão de ligar Chirac a Saddam Hussein, mostrando vídeos antigos dos dois juntos. Não importava que a reunião tivesse ocorrido nos anos 70. Mas a mídia não se incomodou em veicular o vídeo de quando Saddam foi presenteado com uma chave da cidade de Detroit, ou então o filme do início dos anos 80 com Donald Rumsfeld visitando Saddam em Bagdá, para discutir o progresso da guerra Irã-Iraque. O vídeo de Rumsfeld abraçando Saddam aparentemente não servia para ser veiculado continuamente. Ou mesmo uma só vez. Ok, talvez uma vez. No show da Oprah.

Michael Moore
THE GUARDIAN – 6 de outubro de 2003
Trecho do novo livro do documentarista Michael Moore, Dude, Where's My Country?
Tradução por Marcelo Träsel

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