Botafogo de camisa dourada ou rosa não é Botafogo. Somos alvinegros com a estrela solitária, ouviu, Market-Ching Ling?

Na ânsia de faturar algum, nossos clubes estão matando a galinha dos ovos de ouro. Santos de camisa azul. Palmeiras com uma amarela. Já vi o Flamengo com uma que parecia do Olaria. Vasco com uma das Cruzadas. E agora o meu Botafogo entra em campo hoje contra o Corinthians com uma camisa dourada.

PQP! Quero minha gloriosa camisa de listras verticais pretas e brancas, ou a reserva, totalmente branca, que vestiu nossos craques Mané Garrincha, Nilton Santos, Didi, e tantos outros, e que nos remete à nossa história e à opção que fizemos de um dia de virarmos torcedores do Glorioso.

Não sou contra as ações de marketing. Nem às camisetas, por mais estranhas que sejam. Mas, em jogos comemorativos. Em jogos oficiais, tem que entrar em campo a camisa que tem história, a nossa história.

Nesse ritmo, qualquer dia desses, o Itaú, por exemplo, põe uma merreca no Botafogo e nossa estrela passa a ser laranja.

Quero ter o direito de chegar ao estádio ou ligar a TV e saber qual dos times é o meu pela camisa que veste. É pedir muito?