QUANDO RECONDUZIU JANOT AO COMANDO DA PGR, DILMA SELOU DESTINO DE CUNHA




O atual presidente da Câmara (tomara que esta seja a última vez que eu escreva isso), Eduardo Cunha, pode esbravejar e ameaçar à vontade. Quanto mais ele chia e esperneia, mais fica preso à teia.

Com o envio pela Suíça da investigação criminal aberta contra ele naquele país em abril deste ano, a Procuradoria-Geral da República poderá investigar Eduardo Cunha e processá-lo por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Esse pode ter sido o último ato, antes do desenlace fatal contra Cunha.

Ele anteviu isso, quando o PGR Janot o citou pela primeira vez. Ainda em março deste ano, Cunha acusou o golpe em sua conta no Twitter:
"Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu e não dá para ficar calado sem denunciar a politização e aparelhamento da PGR", escreveu. "O PGR só será reconduzido se for da vontade do Executivo", continuou.
Desse dia em diante, Eduardo Cunha trabalhou incansavelmente para que a presidenta Dilma não reconduzisse Janot à presidência da Procuradoria Geral da República.

A presidenta pode ter cedido a várias chantagens de Cunha, mas não cedeu à única que poderia mantê-lo vivo. Reconduzindo Janot, a presidenta deu um xeque-mate em Cunha.

Se o PGR Janot já tinha motivos institucionais para investigar Cunha, com as agressões vindas do presidente da Câmara, a questão passou a ser também pessoal. Para azar de Eduardo Cunha.

Agora, quando até a mídia tão amiga já o abandona, após usá-lo como cunha (significado militar: Força de combate ou invasão que se introduz em campo inimigo) para tentar derrubar o governo, o deputado se aproxima do final de qualquer mosca apanhada na teia. 

Nada agradável para a mosca. Para deleite da aranha.

Clique aqui e receba gratuitamente o Blog do Mello em seu e-mail
imagem RSSimagem e-mail

Meu perfil no Facebook: Antonio Mello


Madame Flaubert, de Antonio Mello