Além das agressões à ex-mulher, Pedro Paulo ameaçou sumir com a filha do casal. O que mais vem por aí?




Não passa uma semana sem uma notícia nova e desabonadora sobre o (ainda) candidato de Eduardo Paes a sua sucessão na prefeitura do Rio, Pedro Paulo Teixeira, secretário de governo da cidade do Rio de Janeiro.

Primeiro, ele foi acusado de agredir a ex-mulher a socos e pontapés, com boletim de ocorrência e exame de corpo delito confirmando os fatos. Ele disse que aquela foi a única agressão.

Na outra semana, foi desmentido. Houve outra, também registrada na delegacia, em que ele agrediu também a ex-mulher, dentro do carro, um dia após o Natal, diante da filha de dois anos. Ele disse que não havia citado essa outra agressão "para preservar a família".

Bom, preservar a família é tudo o que ele não vem fazendo. Tanto que expôs a ex-mulher a uma entrevista coletiva para falar desses acontecimentos. Foi absolutamente constrangedor. Como dizer que não quer expor a família se leva sua vítima para defendê-lo?

"Vim de São Paulo até aqui porque vocês [jornalistas] transformaram minha vida, a do Pedro, a da minha filha num inferno. Qualquer casal tem briga", afirmou na ocasião Alexandra Mendes Marcondes, a ex-mulher de Pedro Paulo.

Aí é caso de um engano de Alexandra. Quem está transformando a vida dela num inferno não são os jornalistas, mas Pedro Paulo, com as agressões do passado e a exposição do presente.

Como se isso tudo não fosse suficiente, agora surge nova acusação, também de Alexandra e  registrada na delegacia, inquérito 016-08687-2010, de que ele ameaçou sumir com a filha do casal.


O novo documento foi registrado no dia 4 de agosto de 2010. Alexandra foi à 16ª delegacia de polícia da Barra da Tijuca para prestar queixa contra Pedro Paulo, com quem fora casada por sete anos e de quem se separara havia cerca de sete meses. Alexandra relata que Pedro Paulo a “ameaçava constantemente”, reforçando registro que ela fizera na Delegacia da Mulher em fevereiro daquele mesmo ano. Alexandra contou à polícia que Pedro Paulo não aceitava a separação nem “respeitava” as datas estipuladas pela Justiça para visitar a filha do casal, que, naquele período, tinha quatro anos de idade. A Justiça autorizara que Pedro Paulo visitasse a criança uma vez por semana e ficasse com ela em finais de semana alternados. 

Segundo o registro de ocorrência, que gerou o inquérito de número 016-08687-2010, Pedro Paulo “diariamente liga para a declarante (Alexandra) e para a mãe da mesma, dizendo que vai tirar a guarda da criança e que vai sumir com ela”. Alexandra disse aos policiais que Pedro Paulo foi até o prédio onde ela morava no dia anterior, subiu sem autorização e passou a chutar a porta do apartamento dela. Como Alexandra disse a ele que chamaria a polícia, Pedro Paulo foi embora. No dia em que o boletim de ocorrência foi lavrado, segundo o relato de Alexandra, Pedro Paulo voltou ao apartamento dela, chutou a porta e disse que “domingo, dia dos Pais, iria pegar a criança e sumir com ela”. Pedro Paulo só parou, de acordo com Alexandra, após a chegada dos seguranças do prédio.  [Fonte: Época]

Até quando Pedro Paulo vai prosseguir "protegendo a família" [tradução: protegendo sua candidatura à prefeitura do Rio] às custas da exposição de sua família?

Na semana passada, uma manifestação lotou a Cinelândia pedindo Fora Pedro Paulo (imagem). Só ele e seu padrinho, o prefeito do Rio Eduardo Paes ainda não se convenceram...

Se continuar assim, vamos aguardar o que virá por aí na semana que vem.




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