MP não pediu, mas Moro diz que ordenou condução coercitiva de Lula 'para protegê-lo de militantes políticos'




Com o poder que lhe foi conferido pela mídia, pelo republicanismo do governo, pela oposição golpista, o juiz Moro se acha agora no direito de ironizar seus adversários - adversários sim, petistas e governo - ele que é filho de uma das áreas mais reacionárias do Brasil e tem pai fundador do PSDB de lá, Maringá.

Ainda outro dia, em resposta a um pedido de advogados do marqueteiro João Santana, Moro usou de ironia, só faltou colocar um rsrsrs ao final.

O mesmo fez agora, quando teve que justificar por qual motivo pediu a condução coercitiva do ex-presidente Lula à sede da PF de São Paulo hoje, quando o Ministério Público não pediu isso:

Para esclarecer e aprofundar essa suposição [de malfeitos com a Petrobras], a equipe pediu autorização para Moro de uma série de mandados. Lula e sua esposa, dona Marisa, eram alvos apenas do pedido de "medidas cautelares de busca e apreensão e de quebra de sigilo telemático".
 
(...) A justificativa [para a condução coercitiva] seria evitar "tumulto provocado por militantes políticos, como o ocorrido no dia 17/02/2016, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo", conforme depois enfatizado pelos investigadores na coletiva de imprensa. "Colhendo o depoimento mediante condução coercitiva, são menores as probabilidades de que algo semelhante ocorra, já que essas manifestações não aparentam ser totalmente espontâneas", ainda denotou Moro. [Fonte: GGN]

O problema de Moro, como o de todo galo que pensa que o dia nasce porque ele canta, é que a base que o sustenta e a suas arbitrariedades - a mídia corporativa - está descendo ladeira abaixo e tem seu poder questionado, a tal ponto que o mais poderoso grupo - Globo - se vê obrigado a dar satisfação à mídia alternativa.

O leão Globo ainda é forte, mas não tanto quanto antes. E perde poder a cada dia. Ainda se alimenta do medo que causa, mas esse medo causa ressentimento e, em muita gente - número que aumenta a cada dia -, ódio.

No momento em que perceberem que é possível derrotar o monstro, o próprio Congresso vai tratar de por em funcionamento uma lei de Mídia, com proibição de grupos oligopólicos, que vai pregar a estaca final na vampiresca Globo.

Aí vamos ver quem ri por último, dotô Moro.

Morô?







Clique aqui e receba gratuitamente o Blog do Mello em seu e-mail
imagem RSSimagem e-mail

Meu perfil no Facebook: Antonio Mello


Madame Flaubert, de Antonio Mello