Corrupção na Petrobras não apareceu antes porque tucanos barraram CPI que investigava crimes na estatal em 2009




Que a corrupção dentro da Petrobras é coisa antiga não se tem mais dúvida. Pelo menos desde a época de FHC está comprovada, com as delações de Delcídio do Amaral e Nestor Cerveró. Este afirmou em delação premiada que pelo menos US$ 100 milhões foram pagos de propina ao governo FHC.

Agora, imagens de câmera de segurança comprovam encontro do presidente do PSDB à época Sérgio Guerra com diretor da Petrobras e empreiteiros para encerrar por R$ 10 milhões a CPI da Petrobras, em 2009.

Taí a explicação de por que o PSDB resolveu parar uma CPI em pleno governo Lula. Não só porque tinha o rabo preso, mas porque seu presidente levou R$ 10 milhões de propina. No entanto, para Moro, o PSDB "não vem ao caso"...

Um vídeo gravado por câmeras de segurança comprova, segundo a Polícia Federal, uma reunião do então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra (PE) com o então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiros para enterrar a CPI da Petrobras em 2009.

No registro, que também tem áudio, Guerra afirma que "não vamos polemizar", diz que tem "horror a CPI" e que considera "deplorável" um deputado "fazendo papel de polícia". O tucano, que morreu em 2014, era um dos integrantes da comissão.

A Folha teve acesso a relatório da PF com a transcrição das conversas, que ocorreram no escritório de um amigo do lobista Fernando Soares, o Baiano, também presente.
Em sua delação premiada, Costa disse que Guerra pediu R$ 10 milhões para enterrar a CPI e que o pagamento foi feito pela empreiteira Queiroz Galvão.

Na reunião, participam um então executivo da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, e um da Galvão Engenharia, Erton Medeiros. Presos na Operação Lava Jato em novembro de 2014, ambos foram soltos em 2015 por ordem do Supremo Tribunal Federal.[Fonte: Folha]