Sobre entrevistas de Dilma: Consulta popular sim, mas respeito aos 54.501.118 de votos, que são válidos até 31/12/2018




Últimas entrevistas da presidenta eleita Dilma Rousseff trazem uma quase unanimidade, à direita e à esquerda, o desejo de Dilma de fazer uma consulta popular, caso retorne ao comando da nação - o que parece a cada dia mais provável.

O que seria essa consulta, como, sobre o quê, qual sua abrangência, não foi informado. Mas muito se especula até na convocação imediata de novas eleições, ou apenas presidencial, ou uma que incluiria uma renovação completa, passando pelo Congresso.

Não é de hoje que a presidenta defende a necessidade de uma ampla reforma política. E a crise de governabilidade por que passa o país e a falta de qualidade e de representatividade de nosso Congresso mostram que é uma necessidade urgente.

Dilma, no final de 2014, entre sua reeleição e o início de seu segundo mandato, deu declarações em favor de uma consulta popular, um plebiscito que definiria a abrangência dessa reforma política.

Foi torpedeada exatamente pelo PMDB corrupto e golpista, que defendia o referendo e não o plebiscito. Queriam que a reforma fosse elaborada no Congresso e só depois referendada ou não pela consulta popular.

Deu no que deu. Não tivemos uma coisa nem outra e agora estamos vivendo essa situação caótica.

Que reforma política e consulta popular devem procurar uma solução para consertar.

Mas, que se respeitem os mais de 54,5 milhões de votos em Dilma, que têm prazo de validade até 31 de dezembro de 2018.

Dilma deve voltar, o país à sua normalidade democrática, e que sejam estabelecidas as regras para a reforma política, via plebiscito, a partir da escolha do povo brasileiro, de onde emana o poder, como determina o Artigo 1° Parágrafo Único da Constituição vigente [veja imagem anexa].

Mas a presidenta é Dilma, até 31 de dezembro de 2018. O resto é golpe e desrespeito à soberania popular.