Advogado acusa Moro de nazismo na cara dele e chama o Paraná de 'província agrícola'


As coisas já andaram mais calmas na República de Curitiba. O juiz Moro falava grosso mesmo falando fino e todos o obedeciam. Até os que não concordavam com o perfil autoritário do juiz, calavam-se e só reclamavam para a mídia. Ontem isso mudou.

Numa audiência em que se tentava provar pela milionésima vez que o triplex do Guarujá que não é de Lula é de Lula, o tempo esquentou.

Advogados do ex-presidente interrompiam o juiz toda vez que julgavam que ele não estava se comportando de acordo com a lei.

Habituado a não ser contestado, o juiz Moro perdeu a paciência e começou a falar grosso mesmo falando fino, como habitualmente.

E mesmo assim continuou a ser contestado pelos advogados.

Um deles, o advogado José Roberto Batochio chegou a dizer para Moro, que os acusava de atrapalhar a audiência:

— Aqui o limite é a lei. A lei é a medida de todas as coisas. A defesa tem direito de fazer uso da palavra. Ou se vossa excelência quiser eliminar a defesa... E eu imaginei que isso já tivesse sido sepultado em 1945, pelos aliados, vejo que ressurge aqui, nessa região agrícola do nosso país.

Bom, quem foi sepultado em 1945 pelos aliados foram Hitler e o nazismo.

Mais claro impossível.