Antagonistas tentam faturar tragédia da Chapecoense e erram tudo, até divisão de sílabas




Vexame total. O site Antagonistas aproveitou a tragédia da queda do avião que transportava a equipe da Chapecoense mandando recado para seus leitores bem a seu estilo [veja imagem reproduzida aqui].

Também de acordo com seu estilo, estava tudo errado. Primeiro que o governo não vetou (e quem me acompanha aqui sabe que sou insuspeito de defender este governo, que não reconheço legítimo e sim fruto de um golpe de Estado) coisa nenhuma, apenas exigiu que a lei fosse cumprida.

O Brasil segue recomendações internacionais (leia a nota da Anac a seguir) e uma delas diz que voo direto entre países tem que ser feito por uma companhia de um deles. O voo do Brasil para a Colômbia, portanto, teria que ser feito por empresa brasileira ou colombiana, o que não era o caso.

Outro erro: o governo não obrigou a equipe a viajar numa empresa boliviana. O Chapecoense escolhera a empresa boliviana desde o início, por isso não foi permitido o voo direito Brasil-Colômbia.

O voo, seguindo as leis internacionais, saiu do Brasil para a Bolívia (com a empresa boliviana) e de lá fez Bolívia-Colômbia, com a mesma empresa boliviana, seguindo a determinação do tráfego entre países.

Para coroar a sucessão de erros os Antagonistas erraram até a divisão de sílabas da palavra "boliviana". Atenção Anta-gonistas, o certo é bo-li-vi-a-na.

Leia íntegra da nota da Anac:

A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) se solidariza com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, dia 29/11, com o time da Chapecoense, nas proximidades de Medellín, Colômbia.
Sobre os voos realizados pelo time Chapecoense, a Agência informa que recebeu na última sexta-feira, 25/11, pedido de voo fretado da empresa boliviana Lamia para o transporte dos jogadores para a Colômbia na segunda-feira, 28/11.
O pedido foi negado no domingo, 27/11, com base no Código Brasileiro de Aeronáutica e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos celebrados entre os países. Os 'acordos de serviços aéreos' são acordos internacionais celebrados entre as autoridades dos países envolvidos, que estabelecem os critérios de designação das empresas, as liberdades do ar e as rotas e destinos atendidos entre os dois territórios.
No caso, o acordo com a Bolívia, país originário da companhia Lamia, não prevê operações como a solicitada, em que a empresa boliviana transportaria passageiros ou carga do Brasil para a Colômbia.
O solicitante do voo foi informado que a operação só poderia ser realizada por empresa brasileira ou colombiana, nos termos dos acordos internacionais em vigor.
Conforme informações do Centro de Operações Aeroportuárias de Guarulhos, a equipe do Chapecoense embarcou na própria segunda-feira, dia 28/11, em um voo regular da Boliviana de Aviacion (BOA), saindo de Guarulhos para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Esse voo regular estava previamente autorizado pelas autoridades brasileiras, e transcorreu conforme previsto nas leis e nos mencionados acordos internacionais.
Mais informações sobre o voo fretado na Bolívia com destino a Colômbia dependem de confirmação junto às autoridades de aviação daqueles países. Consta que o voo tenha sido fretado junto a mesma empresa Lamia (com a aeronave do pedido inicialmente feito junto à Agência).