Em nota, policiais do Rio ameaçam usar armas contra o governo e seu pacote de maldades

Íntegra da nota:


"As Associações de Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar abaixo nominadas, por meio desta Carta Aberta, vêm a público mostrar a sua perplexidade e insatisfação, manifestando-se de acordo com o que segue:

Grave momento vive o Estado do Rio de Janeiro, e, em especial, a segurança pública. O Governo não possui limites. Desta vez, condenou à morte nossas viúvas, órfãos, cadeirantes... O que quer? O que almeja? Senhores, assim como “A farda não abafa o cidadão no peito do Soldado”, como bem disse o Marechal Osório, “O estômago é o órgão do corpo que mais tem pressa”, magnanimamente também o disse o Brigadeiro Castrioto, por ocasião da interpelação ao Governador da época, quando fora cortada a verba relativa à Caixa das Viúvas e Órfãos ( CVO), da PM do antigo Estado do Rio de Janeiro.

Atenção elite, cuidado! Tropa com fome resmunga, em algumas situações marcha no mesmo lugar, mas continua cumprindo sua missão, comendo calango, tapuru, bebendo água de chuva... Mas, cadeirantes, esposas, viúvas, filhas e filhos, órfãos, com fome podem fazer a Tropa transformar-se em bando. E, bando não tem hierarquia, não tem disciplina, não tem temor reverencial! Na vida, tudo tem limite, só que o limite e a postura do bando, são completamente diferentes do limite e da postura da Tropa. O bando formado por homens e mulheres treinados, experientes, decepcionados, indignados, desesperados. E, em Armas!

Sinalizamos que essa crise é sazonal e tem solução. Dentre outras ações, sugerimos a constituição de uma Força-Tarefa para combater a sonegação fiscal, suspender as renúncias fiscais e aumentar a arrecadação, a exemplo do que fez o Estado de Goiás, com total sucesso."