Moro libera réu confesso, com mais de R$ 100 milhões em propina, que agora está livre, leve e solto, e sem tornozeleira

Primeiro e um dos mais importantes delatores do esquema da Petrobras, o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa foi liberado pelo juiz Moro de usar tornozeleira eletrônica.

Agora o réu confesso, que recebeu mais de R$ 100 milhões em propina (noves fora o que não foi descoberto…), terá de cumprir apenas quatro horas semanais de trabalho voluntário. Seja lá o que isso queira dizer…

Preso em março de 2014, Costa conseguiu a liberdade dias depois e, em junho, foi preso novamente, desta vez acusado de ter contas secretas na Suíça, pelas quais passaram US$ 23 milhões, e de um suposto risco de fuga.

Posteriormente, ele contaria que recebera esses recursos da Odebrecht, empreiteira que hoje negocia seu próprio acordo de colaboração premiada.

Ao todo, o ex-diretor recebeu cerca de R$ 100 milhões em suborno, em valores corrigidos.

Ele devolveu o montante e bens que havia comprado com a propina, como uma lancha e um veículo Land Rover Evoke.

Após a segundo prisão, Costa trocou de advogados e decidiu fazer um acordo de delação premiada com os investigadores.

Os acordos celebrados por Costa e pelo doleiro Alberto Youssef são considerados dois dos mais importantes da Operação Lava Jato porque descortinaram a corrupção dentro da Petrobras e a forma como a propina circulava entre funcionários públicos, políticos e partidos por meio do doleiro.

Youssef fechou sua delação pouco depois do ex-diretor de abastecimento.

Desde outubro do ano passado, Costa cumpria a pena em regime semiaberto : tinha de voltar para casa, em Itaipava, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, às 20h e não podia sair nos fins de semana. [ Fonte: Folha ]

Costa participou do esquema da Petrobras de 2003 a 2012, quando foi demitido por Dilma. Ficou preso de março de 2014 a outubro do ano passado . De lá para cá, ficou em prisão domiciliar, com tornozeleiras. Agora, está livre.

Daqui a pouco, o doleiro Youssef também estará livre das tornozeleiras. No Brasil do juiz Moro, o crime cometido e delatado compensa…