Ex-chefe do Dersa quer delatar o que sabe sobre desvio de R$ 1,3 bi do PSDB em SP. Mas Força Tarefa de Moro não quer ouvir


O operador financeiro Adir Assad está preso desde agosto do ano passado e Moro o condenou a mais de 9 anos de cadeia. Ele quer fazer o que todos os demais condenados por Moro fazem, delatar, abrir o bico. Só que o que ele tem a dizer é contra os tucanos de São Paulo, onde ele afirma ter lavado R$ 1,3 bilhão para o esquema, quando era chefe do Dersa. Só que aí atinge em cheio o PSDB e governadores Serra, Alckmin, e a Força Tarefa de Moro se vê diante de sua kriptonita, e enfraquece...

O operador financeiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada à Lava Jato no qual afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
(...) Na tratativa com a força-tarefa na capital paranaense, Assad admitiu ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras em obras viárias na capital e região metropolitana de São Paulo, entre elas a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego. [Fonte: Estadão, onde você pode conferir um infográfico com toda a movimentação de verbas desviadas pelo PSDB de obras em São Paulo]

Assad quer delatar tudo: como funcionava esquema do caixa 2 das empresas, a lavanderia que montou com suas empresas, até sobre um apartamento dividido com Paulo Preto (operador de Serra e do PSDB) onde se armazenava dinheiro (muito) vivo.

Mas, "como a força-tarefa já detém uma série de informações sobre suas operações, Assad está atrás na corrida das negociações e enfrenta a resistência do Ministério Público Federal". Em outras palavras:

- Denúncia contra tucanos? Não vêm ao caso...