Na Veja: Aécio recebeu R$ 70 milhões de propina. Ele reclama do vazamento: 'Tem que provar'. Ok, senador, mas só quando você é o acusado?



Vazaram pedalinhos, barquinho de lata, um sítio em Atibaia, um triplex no Guarujá, tudo isso só do Lula. Vazaram as contas de Cunha, a corrupção de Geddel, Padilha, Moreira Franco, quase todo o PMDB, até do golpista Temer, mas agora que os vazamentos começaram a atingir os tucanos começou a grita. Já há quem fale em anular todas as delações por conta dos vazamentos.

Não foi diferente com as novas acusações contra Aécio, um dos mais citados quando se fala em corrupção. Mas agora a denúncia do delator da Odebrecht foi capa de Veja e tudo (a capa é quase essa reproduzida aqui, mas que ganhou as vendas sensacionais do Irajá Menezes em sua página no Facebook, de onde a trouxe para cá).

Aí o tucano chiou, reclamou do vazamento sem provas, quando o único com provas até agora foi o vazamento que Cunha fez de si próprio ao negar que tivesse contas no exterior, o que fez com que a Suíça mandasse as provas.

VEJA teve acesso com exclusividade ao conteúdo da delação do ex-­pre­sidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, um dos 78 executivos da empreiteira a firmar acordo de delação com a Justiça. Em seu depoimento, BJ, como é conhecido, afirmou que a construtora baiana fez depósitos para Aécio em conta sediada em Nova York operada por sua irmã e braço-direito, a jornalista Andrea Neves. De acordo com BJ, os valores foram pagos como “contrapartida” — essa é a expressão usada na delação — ao atendimento de interesses da construtora em empreendimentos como a obra da Cidade Administrativa do governo mineiro, realizada entre 2007 e 2010, e a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de Rondônia, de cujo consórcio participa a Cemig, a estatal mineira de energia elétrica.
De acordo com o conteúdo das delações, ele é também o político que recebeu uma das mais altas somas da construtora, 70 milhões de reais, considerando-se os pagamentos de 2003 até agora. [Fonte: Veja]
Chora, senador, porque o choro é livre - pelo menos enquanto não for condenado em segunda instância.

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