E agora, Moro? Compra do terreno para Instituto Lula não foi propina, diz gerente de propinas da Odebrecht


Em depoimento ao juiz Sergio Moro na quarta-feira em Curitiba, o ex-gerente do setor de Operações Estruturadas - o departamento de propinas - da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas disse o seguinte sobre a aquisição do terreno que seria sede do Instituto Lula e, digo eu, não foi, não é propriedade do Instituto, de Lula ou de alguém de sua família.

"[A anotação] Prédio IL [se refere a] um débito feito na planilha pela utilização de recursos para aquisição de terreno para o Instituto Lula. Os recursos saíram do caixa um da empresa, não saíram [do crédito, que usava dinheiro não contabilizado] dessa planilha. Como não tinha onde debitar, foi reduzido o valor do crédito que eles tinham." [Fonte: Valor]




Não foi dinheiro carimbado de propina (em outro trecho, ele diz que esse tipo de dinheiro vinha do exterior), mas do caixa oficial da Odebrecht, seria, portanto, uma doação oficial (como a Odebrecht fez para o iFHC, por exemplo), mas que simplesmente não foi adiante porque o Instituto Lula não quis o terreno.

Por isso  a tal sede no Instituto Lula da Lava Jato (coisa da turma do Dallagnol, leia aqui) não está no nome do Instituto Lula nem de Lula ou alguém de sua família. Simplesmente porque não lhes pertence.



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