Não vai ser no mundo da minha filha, das filhas dela nem das filhas das filhas das filhas das filhas das filhas... das filhas dela. A desigualdade salarial entre homens e mulheres, que já era ruim e tinha prognóstico de igualdade para daqui a 170 anos piorou e agora a nova data é daqui a 217 anos, em 2234.
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A desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano após uma década de avanços, informou nesta quinta-feira (02/11) o Fórum Econômico Mundial (FEM). Segundo um estudo da organização, as desigualdades serão preciso mais 217 anos para que ambos os sexos tenham salários e representatividade iguais no mundo trabalho. No ano passado, a previsão era de que seriam necessários 170 anos se alcançar tal meta.
O relatório anual da organização sobre a igualdade entre homens e mulheres envolve 144 países e analisa a situação nas áreas de trabalho, educação, saúde e política.
Na área da educação, as diferenças são menores. Segundo a organização, seria possível atingir a igualdade de acesso à educação em apenas 13 anos. Já na política, pelo ritmo atual, seriam necessários 99 anos.
Somadas todas as categorias analisadas, o Fórum aponta que as mulheres só atingiram uma igualdade de 68% em relação aos homens. Ou seja, uma diferença de 32% nas oportunidades ainda persiste. Em 2016, o fosso era 31,7%. Foi o primeiro recuo no índice geral desde que o Fórum começou a compilar os dados, em 2006.
Já o Brasil aparece em 90º, tendo caído 11 posições em relação ao ano passado. E o país só vem ficando para trás desde que o Fórum começou a estudar o assunto. Em 2006, ocupava o 67° lugar no ranking geral.
O país aparece muito bem posicionado nas categorias de igualdade na educação e saúde, mas sua média é puxada para baixo por causa da desigualdade política e econômica.
Na política, o Brasil aparece na 110º posição, atrás de países como Marrocos, Mali e Argélia. No ano passado, a baixa representatividade de mulheres em ministérios do governo Michel Temer ganhou o noticiário internacional. O país também tem poucas mulheres no Legislativo. Na Câmara Federal, por exemplo, as mulheres conquistaram apenas 9,9% das cadeiras nas eleições de 2014. [Fonte: Deutsche Welle]
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