Presidente do TST quer acrescentar uma letra 'E' à sigla: Tribunal Superior do Trabalho Escravo


Só mesmo num país sob golpe, a mais alta corte trabalhista do país poderia estar nas mãos de quem está, o presidente do TST ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho. Ele pode ser definido numa frase: Menos direitos para o trabalhador, mais trabalho.

- Nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito. Vou ter que admitir que, para garantia de emprego, tenho que reduzir um pouquinho, flexibilizar um pouquinho os direitos sociais.

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Numa entrevista à Folha, publicada hoje, o ministro também defende que indenização por danos morais seja proporcional ao salário do trabalhador ofendido e não à ofensa:

"Ora, o que você ganha mostra sua condição social. Não é possível dar a uma pessoa que recebia um salário mínimo o mesmo tratamento, no pagamento por dano moral, que dou para quem recebe salário de R$ 50 mil. É como se o fulano tivesse ganhado na loteria."

Diz ainda que o trabalho intermitente, aquele que você só trabalha quando o empregador precisa de você, é ótimo para o trabalhador [o destaque em negrito é meu]:

O garçom, por exemplo, vai trabalhar em fim de semana, determinadas horas. Eu te pago a jornada conforme a demanda que eu tiver. Quando eu precisar, eu te aviso. Com o trabalho intermitente, você consegue ajeitar a sua vida do jeito que quer. As novas modalidades permitem compaginar outras prioridades com uma fonte de renda laboral. 

Quer dizer que o garçom consegue "ajeitar a sua vida do jeito que quer" e não o patrão?

Não lhe foi perguntado, mas tenho cá minhas certezas de que ele veria alguns aspectos positivos para os escravos na relação senhor-escravo.


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