No Rio, polícia mata um a cada 4 horas e meia. Recorde histórico


O Efeito Witzel não se fez esperar. Durante a campanha e mesmo após eleito, o atual governador do Rio Wilson Witzel (um completo desconhecido do morador do estado até antes da eleição, alavancado pelos milhões de disparos ilegais de WhatsApp pela campanha de Bolsonaro) dizia que no seu governo polícia iria atirar para matar. "Mirar na cabecinha".

A polícia entendeu o recado e partiu para a "missão". Nos dois primeiros meses de 2019, também dois primeiros meses de governo Witzel, a polícia do Rio bateu recorde histórico e matou 705, um a cada quatro horas e meia [fonte: Folha].

O ápice da carnificina, incentivada pelas declarações criminosas do governador, foi no dia 8 de fevereiro, quando 15 pessoas foram barbaramente assassinadas nos morros do Fallet, Fogueteiro e Prazeres, número menor apenas que a chacina de 2007, no Complexo do Alemão, com 19 mortos, mas que gerou uma reação negativa por parte da sociedade, que se refletiu no nascimento do projeto das UPPs.

Os 15 mortos de agora nos três morros, também foram barbaramente torturados, alguns com os corpos encontrados com as vísceras expostas.

Mas, dessa vez, parece que a sociedade não está disposta a reagir, inebriada pelo fator violência, que tomou conta do país de norte a sul, desde a posse do presidente (eleito mediante fraude) Jair Bolsonaro, com uma profusão de violência policial e de ataques à comunidade LGBT e de feminicídios e violência contra as mulheres.

Novos e tenebrosos tempos, aonde nos trouxeram um golpe de Estado contra uma presidenta sem crime e à condenação de outro sem provas.

Se a lei não vale nada, vale tudo. É o que o crescimento da violência policial parece dizer.

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