Médico cubano quer Trump como testemunha para poder se aposentar como General de Brigada

Chávez e Salabarria

O médico cubano Joaquin García Salabarria escreve uma carta irônica ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Salabarria, que tem 66 anos, diz que ainda não pensa em se aposentar, pois ainda pode ser muito útil em seu trabalho de médico, que pratica há 44 anos. No entanto, com a idade, começa a juntar a papelada necessária para quando chegar o momento de dar entrada em seu pedido de aposentadoria.

Estava assim, quando leu que o presidente dos EUA (e de Bolsonaro) Donald Trump afirmou que ele era o chefe das tropas cubanas estacionadas na Venezuela.

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Salabarria descreve a quantidade de atendimentos, apenas nos anos de Venezuela, quando chegou para auxiliar no projeto do presidente Chávez:
Na Venezuela, conheci e estabeleci uma estreita relação de trabalho com o Presidente Chávez e pude ver com meus próprios olhos um povo que começou no árduo caminho das revoluções. Essa foi, sem dúvida, uma tarefa de grande magnitude.
Dispunha de 29.930 empregados para ela, sem contar os 20.000 estudantes venezuelanos que fizeram sua carreira com professores cubanos. A missão médica chegava a todos os estados e funcionava em uma rede de instituições que incluía 6711 clínicas médicas, 623 Centros de Diagnóstico Integral com Unidades de terapia intensiva e salas de cirurgia, 27 centros de diagnóstico, scanners de alta tecnologia, scanners de ressonância magnética e outros meios de diagnóstico, 554 Salas de Reabilitação Integral, 1768 Serviços de Estomatologia com 3019 poltronas, 459 óticas populares, 22 Centros de Oftalmologia para cirurgia especializada, 186 ambulâncias, entre outros.

Para se ter uma ideia dos resultados basta dizer que, entre Abril de 2003 e Agosto de 2009, apenas em consultórios médicos tinha fornecido 373 milhões 676 mil 503 consultas médicas e senti que tínhamos salvado mais de 1 milhão de vidas.
Mas, como Trump diz que Salabarria é na verdade o comandante de "tropas cubanas" na Venezuela, ele quer convidá-lo como sua testemunha para que consiga se aposentar como General da Brigada e não como médico.
Sei que será difícil para mim convencer o Ministério do Trabalho e da Seguridade Social e, mais ainda, das Forças Armadas, mas estou disposto a lutar por meus direitos. Um advogado que está me aconselhando me disse que para fazer a reclamação eu tenho que apresentar pelo menos duas testemunhas e é por isso que estou convidando Trump e Bolton [conselheiro de segurança nacional de Trump] para a próxima audiência do Órgão de Justiça do Trabalho, para provar que não existe tal missão médica. na Venezuela, mas um contingente militar e assim eu possa obter minha aposentadoria como General de Brigada. [Fonte: La Pupila Insomne]

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