Sem esperança de continuar à frente da PGR, Dodge bota investigações contra Bolsonaro para andar

Raquel Dodge

Wal do açaí e filha de Queiróz são fantasmas que assombram Bolsonaro


Durante 120 dias dormiram em berço esplêndido na mesa da PGR Raquel Dodge duas investigações sobre o presidente Jair Bolsonaro, nos casos da Wal do açaí e de Nathalia Queiróz, filha de Fabrício Queiróz, o homem do cheque de R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michele Bolsonaro.

Nesse período, Dodge alimentou esperanças de ser reconduzida por Bolsonaro ao comando da Procuradoria Geral da República, mesmo não estando na lista tríplice dos procuradores.

Quando percebeu que Bolsonaro tem outra preferência, Dodge remexeu as gavetas e sacou de lá os processos e os mandou de volta à primeira instância, de onde nem deveriam ter saído.

A jogada da subida dos processos para a PGR foi isso mesmo, uma jogada a fim de ganhar tempo.
Um dos casos em apuração é o de Wal do Açaí. Moradora de Angra dos Reis (RJ), Walderice Conceição atuou como funcionária fantasma na época em que o hoje presidente era deputado federal, conforme revelou a Folha.
O outro caso envolve Nathalia Queiroz, que estava ligada ao gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara ao mesmo tempo em que atuava como personal trainer, situação também revelada pela Folha. Ela é filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que se tornou estopim de investigações contra o filho do presidente. [Folha]
As suspeitas sobre os dois casos são as mesmas: as funcionárias recebiam sem trabalhar e rachavam a grana com Bolsonaro, num esquema igual ao de Geddel, conhecido como rachadinha.






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