Bolsonaro imita Collor, mas pode acabar como Jânio


Entre o impeachment ou a renúncia, Bolsonaro deve optar pela segunda


Ontem, o "você não é presidente mais" Jair Bolsonaro emulou (com duplo sentido) o ex-presidente Collor, que, antes de seu impeachment, convocou o povo a sair às ruas em sua defesa, em oposição a uma passeata da oposição. Deu ruim.

O mesmo fez Bolsonaro ontem. Diante da convocação de um panelaço para as 20h30 contra seu desgoverno, pediu a seus apoiadores que se manifestassem a seu favor às 21h. Foi um fiasco.

Enquanto as manifestações do fora Bolsonaro ensurdeceram o país, meia dúzia de gatos pingados bateu panela por Bolsonaro.


O cerco se fecha contra Jair Bolsonaro. Acostumado a não fazer nada durante seus quase 30 anos como deputado, ele fez a aposta de se candidatar e achar que bastaria ficar entretendo o auditório, como um chacrinha do mal, para tudo dar certo. Era só deixar o governo nas mãos dos militares e de Guedes.

Não é o que está acontecendo. Guedes, seu Posto Ipiranga, revelou-se um incompetente, sem noção das mínimas exigências de um formulador de políticas públicas. É apenas um operador de mercado, que, por sinal, deve explicações sobre movimentações suspeitas, que teriam causado prejuízo bilionário a fundos estatais.

Ontem, Bolsonaro tentou a opção Collor, com o mesmo resultado negativo. Mas, por seus últimos pronunciamentos, parece ter escolhido a opção Jânio: vai radicalizar até renunciar, alegando que não o deixam governar.

É esperar pra ver.

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