'Grande imprensa independente' ataca novamente. Agora é o caso dos lutadores cubanos deportados

Depois de tentarem atingir o governo com a exploração sensacionalista da tragédia com o Airbus da TAM, agora a “grande imprensa” com seu “jornalismo independente” volta suas baterias para o caso dos lutadores cubanos deportados.

Nas primeiras páginas de todos os jornais, merecendo até editorial da Folha hoje, o caso dos cubanos é tratado como uma subserviência do governo brasileiro ao regime cubano.

No entanto, o ministro da Justiça, Tarso Genro, liberou até os depoimentos dos lutadores à Polícia Federal:

“Foi oferecido ao depoente se desejava solicitar refúgio, o qual foi negado, pois o depoente diz amar o seu país, seus familiares, não ter problemas políticos ou religiosos” (O Globo, página 9).

Que se lancem suspeitas sobre a rapidez da deportação, tudo bem. Deve-se desconfiar sempre e apurar realmente o que aconteceu. Mas, e se foi isso mesmo? E se, simplesmente, os cubanos caíram num conto-do-vigário alemão?

Segundo se noticiou, os dois boxeadores cubanos haviam sido contratados a peso de ouro por uma empresa alemã, especialista em lutadores cubanos fugitivos.

Então, por que eles não foram imediatamente embarcados para a Alemanha, mas, em vez disso, permaneceram no Brasil, numa lua de mel com garotas de programa, em Araruama, uma pequena cidade litorânea do Rio?

E se eles, após a fuga da delegação, perceberam que haviam entrado numa fria e resolveram relaxar e gozar, enquanto não eram descobertos e deportados?

Em Cuba eles têm família. Provavelmente por causa dela, para lhes oferecer uma vida melhor, pensaram em abandonar o país – como milhões de jovens de todo o mundo – e tentar a vida no exterior. Levaram um calote. Por que não voltar para a família?

Isso tudo está muito parecido com a tal “fuga em massa” da delegação cubana no PAN, lembram-se? Jornais e telejornais mostraram imagens daquilo que seria uma retirada às pressas de toda a delegação cubana, por ordens do “ditador Fidel Castro”, para evitar a tal fuga em massa.

Depois se descobriu (mas só foi relatado em pequenas notas em cantos de página) que nunca houve a tal debandada. Como aconteceu com todas as outras delegações, a cubana seguiu à risca o que informara anteriormente ao Comitê Organizador do PAN, à ODEPA e ao COI.

A notícia de que não haveria atletas cubanos na cerimônia de encerramento do PAN foi desmentida pela presença de quase 200 (nem dois, nem 10, nem 20) cubanos à festa.

Quem não compareceu foi a Rede Globo, pois teria que mostrar ao vivo para todo o Brasil a delegação cubana – a mesma que eles disseram que havia embarcado no dia anterior. Como é que o Galvão ia narrar essa, né?

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