A demissão do ombudsman da Folha e a vitória das agências de sempre em SP

A notícia escapou numa edição da Veja Online. Rapidamente a puxei para cá pro Blog. Isso foi em 1° de março, mas, até hoje, nada, um silêncio sepulcral envolve a informação de que as mesmas três agências de propaganda continuarão a atender ao governo tucano em SP. Ligadas a marqueteiros de campanhas tucanas. Mesmo que já tenha ficado claro, claríssimo, que todo o esquema de caixa dois e distribuição de verba ilegal sempre passou por agências de propaganda, como no caso das agências de Marcos Valério.

Talvez por isso a Folha tenha detonado o ombudsman Mário Magalhães, após seu primeiro ano no cargo – o que nunca acontecera. Como, em ano eleitoral, ter um homem criticando o jornal diariamente na internet? Como, se a Folha tem entre seus principais articulistas, pessoas ligadas matrimonialmente aos tucanos?

Essa é a ligação que ainda não havia sido feita. E que estou fazendo agora. Por isso, repito a postagem de 1° de março. Leiam com atenção:

Adag, Lua Branca e Contexto: Agências de sempre vencem concorrência do governo Serra

Do Radar Online, da Veja:

A propaganda de Serra 1 | 12:33
Acabou de sair o resultado da parte técnica da licitação da conta de propaganda do governo paulista. As agências vencedoras são a Adag, a Lua Branca e a Contexto. Todas as três têm alguma relação com o ninho tucano. Agora, falta a parte de preços propostos pelas concorrentes, cujo resultado será conhecido no dia 10 de março - embora, o mercado publicitário como um todo não veja possibilidade de mudança no trio vencedor do processo de hoje.

A propaganda do Serra 2 | 12:32
A Adag já atende a conta da Nossa Caixa e a agência de transportes de São Paulo. A Contexto trabalhou para o governo paulista, na gestão Geraldo Alckmim. E a Lua Branca comandou diversas campanhas eleitorais tucanas - como a eleição para prefeito de José Serra em 2004 e a derrota de Alckmin em 2006.

A propaganda do Serra 3 | 12:16
As três agências vencedoras da licitação dividirão uma verba anual de 88 milhões de reais - um valor 46% maior que os 60 milhões de reais do ano passado.

Por que será que são sempre as mesmas três agências que abiscoitam as contas tucanas em São Paulo, mesmo que esse, digamos assim, atendimento preferencial, já tenha gerado tantas controvérsias?

Será que vai sair na primeira página da Folha amanhã? Ou na página dois? O que terão a dizer os indignados Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde sobre o assunto?

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