Datafolha e Ibope são a prova de que fraude das fake news no WhatsApp foi o que elegeu Bolsonaro




Não há discussão, quando se acompanham os números das pesquisas dos dois mais importantes institutos de pesquisa do Brasil, Datafolha e Ibope. Eles mostram a linha do tempo da disputa em segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.

No Datafolha, Haddad foi de 29, para 39 (quando virou o candidato no lugar de Lula), 39, 40, 41 e, finalmente, 45, no dia 28 de setembro, quando abriu seis pontos de vantagem sobre Bolsonaro; ou seja, além da margem de erro, que era de 2 pontos percentuais. Bolsonaro na mesma pesquisa tinha 38, de novo 38, 41, de novo 41, e caiu para 39.

O Ibope confirma os números do Datafolha, dentro da margem de erro, no mesmo período, mostrando subida de Haddad e queda e estagnação de Bolsonaro até o dia 26 de setembro, quando Haddad abre quatro pontos de vantagem: 42 a 38. O próximo número, em 1 de outubro, mostra uma subida de quatro pontos de Bolsonaro e Haddad estacionado.

O que aconteceu nesse intervalo entre 26 de setembro e 1 de outubro para Bolsonaro subir quatro pontos na pesquisa Ibope e mais adiante no Datafolha e continuar subindo?

Dois fatos aconteceram. O primeiro, uma mega manifestação das mulheres no que ficou conhecido como a manifestação do #EleNão, quando centenas de milhares de mulheres foram às ruas pelo Brasil em campanha contra o voto em Bolsonaro.

O segundo fato explica por que a manifestação, que deveria tirar votos de Bolsonaro, fez com que ele crescesse: os disparos de milhões de mensagens falsas via WhatsApp (o kit gay, as mamadeiras de piroca, acusação de que Haddad defendia pedofilia. de que mulheres de esquerda eram sujas), escândalo denunciado pela repórter Patrícia Campos Mello em reportagem na Folha.

Tudo aconteceu logo após a ida para a campanha de Bolsonaro de Xico Graziano, o homem das redes tucanas, como mostrei aqui [leia FHC, via Xico Graziano, deu o tema da campanha de Bolsonaro] . Ele foi o ideólogo (inspirado em FHC), que usou o esquema montado por Bannon, a partir da Cambridge Analytica.

Os disparos começaram exatamente no dia da manifestação e seguiram até o dia da votação em primeiro turno levando a uma vitória não apenas de Bolsonaro mas de obscuros candidatos em todo o país. Alguns, como Witzel, absolutamente desconhecido no Rio de Janeiro, que saltou 32 pontos entre a quinta-feira e o dia da eleição.

Sobre isso, publiquei aqui no Blog:

E aí, TSE, a fraude vai ser empossada, com Supremo com tudo?


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